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Determinação do espectro e frequência de mutações germinativas em genes de predisposição ao câncer em pacientes com câncer de pâncreas

Texto completo
Autor(es):
Lívia Munhoz Rodrigues
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Aparecida Azevedo Koike Folgueira; Taisa Manuela Bonfim Machado Lopes; Maria Aparecida Nagai; José Cláudio Casali da Rocha
Orientador: Maria Aparecida Azevedo Koike Folgueira
Resumo

Avaliamos o espectro e a frequência de variantes germinativas patogênicas em uma coorte de pacientes brasileiros com adenocarcinoma pancreático, que representa uma população multiétnica. MÉTODOS: Foram incluídos 192 pacientes com câncer de pâncreas não selecionados por histórico familiar de câncer. Usamos sequenciamento de DNA genômico para avaliar um painel de 113 genes de câncer e PCR multiplex com 46 marcadores informativos de ancestralidade para determinar a ancestralidade genética. RESULTADOS: A mediana de idade foi 61 anos; 63% apresentavam doença avançada; 8,3% relataram histórico pessoal de câncer; 4,7% e 16,1% relataram um parente de primeiro grau com câncer de pâncreas ou câncer de mama e/ou próstata, respectivamente. Embora a ascendência principal fosse europeia, houve considerável mistura na composição genética. Trinta e sete pacientes (19%) eram portadores de variantes germinativas patogênicas em 24 genes, entre os quais, 6% em genes de predisposição (ATM, BRCA1, BRCA2, CDKN2A, MSH2, PALB2) e os outros 13% em genes com associação limitada ou não previamente associados ao câncer de pâncreas (ACD, BLM, BRIP1, CHEK2, ERCC4, FANCA, FANCE, FANCM, GALNT12, MITF, MRE11, MUTYH, POLE, RAD51B, RAD51C, RECQL4, SDHA, TERF2IP), sendo 28 (14,5%) variantes em genes relacionados à via de reparo homólogo do DNA. Os genes mais frequentemente afetados foram CHEK2, ATM e família FANC. Não houve diferença na frequência de variantes germinativas patogênicas entre: pacientes que relataram ou não parentes de primeiro grau com câncer; pacientes com predominância de ascendência europeia ou não europeia. Não houve diferença na sobrevida global para portadores de variantes germinativas patogênicas versus não portadores, considerando todos os genes e genes de reparo homólogo do DNA. CONCLUSÕES: Em uma coorte de pacientes de ascendência mista com câncer de pâncreas, 19% eram portadores de variantes germinativas patogênicas. Testes genéticos devem ser oferecidos a todos os pacientes brasileiros com câncer de pâncreas, independentemente de sua histórico familiar de câncer. Genes com associação limitada ou previamente não reconhecida no câncer de pâncreas devem ser investigados mais a fundo para esclarecer seu papel no risco de câncer (AU)

Processo FAPESP: 18/04712-9 - Determinação do espectro e frequência de mutações germinativas em genes de predisposição ao Câncer em pacientes com Câncer de Pâncreas
Beneficiário:Lívia Munhoz Rodrigues
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto