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Sistema de defesa antioxidante, histologia e ECG do coração de ratos Wista submetidos a um protocolo de overtraining em esteira

Texto completo
Autor(es):
Renato Buscariolli de Oliveira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Denise Vaz de Macedo; Fernanda Klein Marcondes; Patricia Chakur Brum
Orientador: Denise Vaz de Macedo; Rodrigo Hohl
Resumo

O recurso do treinamento intensificado é comum no esporte de alto rendimento, uma vez que pode levar ao aumento no desempenho previamente atingido em um curto espaço de tempo. Esse treino pode ser manipulado através de aumentos substanciais nas cargas, duração, freqüência, intensidade e, principalmente, pela redução do período regenerativo. Por outro lado, já está bem documentado que essa intervenção pode resultar em perda do nível de desempenho anteriormente atingido. Embora existam diferentes nomenclaturas para descrever essa perda do desempenho em indivíduos previamente bem adaptados, utilizamos aqui a posição adotada em 2006 pelo Colégio Europeu de Ciências do Esporte, que denominou o período de treinamento intensificado de overtraining (OT) e os possíveis estados, de manutenção ou eventual melhora no desempenho de Overreaching Funcional (FOR), e de queda no desempenho de Overreaching Não Funcional (NFOR). Devido às limitações de se estudar o OT em seres humanos, desenvolvemos um protocolo em esteira para modelo animal (ratos Wistar) que gera os estados FOR e NFOR após um período de adaptação ao treinamento (TR). O objetivo do presente trabalho foi verificar qual a relação entre o estado do miocárdio e o nível de desempenho dos animais frente ao protocolo de OT. Para tanto, determinamos indiretamente a presença ou não de estresse oxidativo (EO) bem como alterações teciduais e eletrofisiológicas que pudessem mostrar prejuízo da função cardíaca. Assim, além do acompanhamento longitudinal do eletrocardiograma (ECG), ao término do protocolo foi feita análise histológica (Hematoxilina-Eosina/Sirius Red); quantificação de células apoptóticas (TUNEL - marcador de apoptose), dosagem de TBARS (marcador de peroxidação lipídica), e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa redutase (GR). Nossos resultados mostraram que não houve alterações nos parâmetros eletrocardiográficos ao longo do protocolo, nem nas análises histológicas e na dosagem de TBARS realizadas em cada um dos grupos de animais. A GR apresentou aumento significativo nos animais que treinaram (TR, FOR e NFOR) frente ao grupo controle (CO) enquanto a SOD, CAT e apoptose aumentaram de forma significativa somente no grupo NFOR. A manutenção dos níveis de TBARS e a ausência de alterações morfológicas ou eletrofisiológicas que poderiam comprometer a atividade contrátil do coração sugerem que o miocárdio adaptou-se positivamente ao treinamento mesmo no grupo NFOR. Todavia, o aumento da apoptose e das enzimas SOD e CAT no NFOR, sugerem uma maior produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) neste grupo, que estaria mais susceptível a instalação de um quadro de estresse oxidativo. Portanto, apesar da queda de desempenho do grupo NFOR estar associada a outros fatores que não apenas o comprometimento do miocárdio, nossos dados apontam que a atividade física regular com alto volume deve ser conduzida com cautela e com avaliação periódica da função cardíaca (AU)

Processo FAPESP: 07/57511-6 - Acompanhamento de parametros cardiovasculares ao longo de um protocolo de inducao ao overtraining em ratos wistar.
Beneficiário:Renato Buscariolli de Oliveira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado