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Avaliação antiinflamatoria e antioxidante em ratos suplementados com uva (Vitis vinifera L.) na vigencia de colite induzida por acido trinitrobenzenosulfonico

Texto completo
Autor(es):
Anderson Luiz Ferreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Alba Regina Monteiro Souza Brito; Clélia Akiko Hiruma Lima; Claudio Saddy Rodrigues Coy; Edson Antunes; Alessandra Gambero
Orientador: Alba Regina Monteiro Souza Brito
Resumo

Apesar da amplitude de possibilidades terapêuticas, ainda não existe um tratamento ideal para as doenças inflamatórias intestinais (DII), com perfil adequado de eficácia e segurança. Por essa razão, é de grande interesse estudar agentes com poucos efeitos colaterais, que preferencialmente façam parte da dieta, no tratamento/prevenção dessas doenças. Neste contexto, surgiu o interesse em estudar uva, fruta com alto teor de flavonóides e fibras dietéticas, ambas benéficas à saúde. Sabe-se que substâncias antioxidantes e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), principalmente o ácido butírico proveniente da fermentação de fibras dietéticas, podem estar envolvidas na prevenção e tratamento de doenças intestinais. O ácido butírico é utilizado como substrato para a reparação do tecido inflamado e inibe fatores pró-inflamatórios; portanto, quantificar a produção desse ácido é imprescindível, dado que quanto maior for sua produção, maior será a eficiência da dieta para a recuperação do tecido. Para tanto, foi realizada uma análise in vitro que demonstrou que a concentração de 0,5 g de Uva foi a que produziu maiores quantidades de butirato na análise por cromatografia de íons. Após a escolha da concentração da fruta, seguiu-se o estudo in vivo utilizando-se a dose de 0,5 g.kg-1. A princípio, verificou-se a ação antioxidante avaliando os níveis de GHS além das atividades das enzimas antioxidantes GSSG-Rd, GSH-Px e SOD em ratos com colite induzida por ácido trinitrobenzenosulfônico (TNBS). Os animais tratados com Uva apresentaram altos níveis de GSH; as atividades da GSSG-Rd, GSH-Px permaneceram próximas às do grupo sem colite. A atividade da SOD, que também foi drasticamente diminuída no grupo TNBS, foi restabelecida no grupo tratado. O Tratamento com Uva foi capaz de exercer efeito antinflamatório intestinal, já que os animais tratados apresentaram menor escore macroscópico da lesão, além de diminuir alguns mediadores pró-inflamatórios, como (COX-2, NF-_B e molécula de adesão intestinal MadCAM-1) e a atividade da MPO. A diminuição do dano cólico pela Uva pode ser explicada, em parte, pela diminuição da produção de interleucinas pró-inflamatórias (IL-6 e IL-12) que funcionam como fatores quimiotáxicos da inflamação. Por outro lado, a Uva aumentou a produção da citocina antinflamatória IL-10, sendo que esse aumento foi maior que os valores normais obtidos para o grupo salina. Conclui-se, que a Uva mostrou habilidade em modular enzimas antioxidantes, além de aumentar a produção de IL-10 o que, provavelmente, reduziu a produção de citocinas pró-inflamatórias e, consequentemente, a expressão de mediadores inflamatórios. (AU)

Processo FAPESP: 05/58263-0 - Efeito antiinflamatorio de dietas suplementadas com fibras em ratos submetidos a colite ulcerativa e a ulcera duodenal.
Beneficiário:Anderson Luiz Ferreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado