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Potencial anticárie dos reservatórios de cálcio, fosfato e fluoreto do biofilme dental

Texto completo
Autor(es):
Marília Ferreira Correia
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Jaime Aparecido Cury; Marisa Maltz Turkienicz; Josimeri Hebling Costa
Orientador: Jaime Aparecido Cury
Resumo

O biofilme dental apresenta reservatórios orgânicos e inorgânicos de cálcio (Ca), fosfato (Pi) e fluoreto (F) que se liberados para o fluido do biofilme mediante quedas de pH, interfeririam com o grau de saturação do fluido, reduzindo a desmineralização dental. Entretanto, ainda se desconhece a origem responsável pelas mudanças observadas na concentração de Ca, Pi e F no fluido após queda de pH: se derivadas dos reservatórios ou da desmineralização do próprio substrato dental. Em acréscimo, ainda não se determinou a solubilidade desses reservatórios em pHs considerados importantes para interferir com o processo de desmineralização dental. Assim, este trabalho de dissertação teve como objetivos avaliar a influência que a solubilidade dos substratos e dos reservatórios do biofilme exercem na concentração inorgânica do fluido do biofilme, avaliando a cinética dos íons Ca, Pi e F para o fluido após desafio acidogênico. Para isto foram realizados dois estudos in situ, ambos cegos e cruzados. No primeiro foi contemplada a hipótese de que a concentração inorgânica do fluido do biofilme seria influenciada pela desmineralização do substrato, refletindo o grau de solubilidade do mineral que o compõe. Para isto, blocos de esmalte (menos solúvel), dentina (mais solúvel) e acrílico (não solúvel) foram expostos, durante 4 dias, a desafios cariogênicos utilizando glicose a 20%, 8x/ao dia; as variáveis analisadas ao final de cada fase foram composição microbiológica, pH no fluido, Ca, Pi e F no fluido e no estroma (parte sólida) do biofilme antes e 5 min após desafio acidogênico. A influência da quantidade dos reservatórios na concentração inorgânica do fluido foi avaliada no segundo in situ, onde em acréscimo, determinou-se a solubilidade dos mesmos em função de pHs decrescentes. Assim, biofilme dental foi formado, durante 14 dias, sobre blocos de esmalte e acrílico, utilizando diferentes freqüências de exposição a glicose a 20% (0, 2 e 8x/dia), para obtenção de biofilmes com diferentes quantidades de reservatórios. O pH, Ca, Pi e F foram determinados no fluido antes e 5 min após desafio acidogênico, enquanto a solubilidade dos reservatórios foi determinada através da extração de Ca, Pi e F no estroma do biofilme, utilizando tampões com pHs decrescentes (6,5; 5,5; 4,5 e ácido forte). Os resultados desses estudos permitiram observar que houve um aumento significativo de Ca no fluido após queda de pH, ocorrendo de modo semelhante independentemente do substrato onde o biofilme foi formado e da quantidade de reservatórios presentes no seu estroma. Além disso, a solubilidade dos reservatórios demonstrou ser função inversa do pH e direta da concentração de Ca e PI presente. Assim, sugere-se que os reservatórios representam uma importante fonte de mobilização iônica para o fluido do biofilme, porém o fluido não refletiu, na condição analisada, a diferença de solubilidade dos substratos utilizados e dos reservatórios presentes. (AU)

Processo FAPESP: 07/05978-8 - Potencial anticárie dos reservatórios de cálcio, fosfato e fluoreto do biofilme dental
Beneficiário:Marília Ferreira Correia
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado