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Trajetórias desviantes: implicações estéticas e políticas na dança da Cia Borelli e do Núcleo Artístico Vera Sala

Texto completo
Autor(es):
Valeska Marlete Guimarães Figueiredo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Artes
Data de defesa:
Membros da banca:
Marilia Vieira Soares; Renato Ferracini; Veronica Fabrini Machado de Almeida; Helena Tania Katz; Antônio Carlos de Araújo Silva
Orientador: Marilia Vieira Soares
Resumo

Esta tese busca entender como que, numa dança, a noção de corpo e a disposição espacial da cena expõem uma postura política, bem como constroem uma concepção de mundo. A dança não está apartada das esferas sociais, econômicas e políticas, pois ela é, por elas, constituída e, delas, constituinte. Pesquisou-se estas questões nas trajetórias artísticas de Sandro Borelli, diretor e coreógrafo residente da Cia Borelli de Dança, e, em Vera Sala, diretora e criadora-intérprete do Núcleo Artístico Vera Sala. Foram, nesse sentido, destacadas algumas de suas criações tidas como relevantes na construção de certos aspectos dos seus pensamentos em dança. Suas perspectivas estéticas e políticas são bem distintas, porém parecem ter em comum o interesse por questionar determinados padrões dominantes e ordens normativas. As particularidades do trabalho de cada artista exigiram um campo teórico específico para discutir cada trajetória. Assim, examinaram-se os princípios norteadores de suas pesquisas corporais, a disposição dos corpos no espaço da cena e os modos de relação entre eles, os seus procedimentos de criação, as suas formas de organização e de criação enquanto grupo. Investigando estes trabalhos, foi possível verificar que as suas criações propõem uma maneira de perceber e de atuar no mundo. Implicações estéticas e políticas da arte foram analisadas e discutidas, junto a uma gama de pensadores, chegando-se a proposição de que para a arte ser crítica precisa criar dissenso; e para ser ética necessita aumentar a potência de ação e/ou de inação de uma coletividade. Há de se fazer da inquietação instigadora do processo criativo uma forma de vida, constituindo-a corporalmente através do seu trânsito entre o cotidiano e extracotidiano. A resistência artística aos atuais esquemas de controle e exploração dá-se através do vazamento dos processos criativos. As ficções, invisibilidades, latências e lacunas podem, assim, penetrar a vida ordinária, dessa maneira, desestabilizando certas ordenações (AU)

Processo FAPESP: 08/52911-9 - Trajetorias desviantes: implicacoes esteticas e politicas na danca da cia borelli e do nucleo artistico vera sala.
Beneficiário:Valeska Marlete Guimarães Figueiredo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado