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Mecanismos funcionais e moleculares envolvidos no desenvolvimento de resistência à insulina em camundongos desnutridos submetidos à obesidade experimental

Texto completo
Autor(es):
Thiago Martins Batista
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Everardo Magalhães Carneiro; Fernando Abdulkader; Marcio Alberto Torsoni; Licio Augusto Velloso; Angel Nadal
Orientador: Everardo Magalhães Carneiro
Resumo

A resistência a insulina é um fator de risco para o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e é caracterizada pelo aumento da produção hepática de glicose, pela menor captação desse açúcar pelos músculos e tecido adiposo e pela hipersecreção de insulina pelas células beta pancreáticas. Estudos populacionais correlacionam o aporte insuficiente de nutrientes na fase gestacional e pós-natal com o desenvolvimento da resistência a insulina e do DM2 na vida adulta. Essas duas condições são frequentemente associadas a alterações no perfil de aminoácidos plasmáticos. Alguns estudos evidenciam menor concentração do aminoácido sulfurado, taurina, no plasma de humanos e camundongos diabéticos. Neste trabalho, investigamos o desenvolvimento da obesidade, da resistência a insulina e as alterações morfofisiológicas no pâncreas endócrino de camundongos submetidos a restrição protéica após o desmame e em seguida alimentados com dieta hiperlipídica. Também tivemos como objetivo verificar os efeitos da suplementação com taurina sobre o controle da homeostase glicêmica nesse modelo animal. Nossos resultados mostram que camundongos desnutridos respondem ao tratamento com dieta hiperlipídica de maneira semelhante aos camundongos alimentados com dieta normoprotéica. Ambos os grupos se tornaram obesos, hiperleptinêmicos e hipercolesterolêmicos; apresentou maior ingestão calórica, maior produção hepática de glicose e hipersecreção de insulina em ilhotas isoladas. A suplementação com taurina melhorou esses parâmetros com maior intensidade nos camundongos alimentados com dieta normoprotéica. Esses efeitos da taurina foram associados com maior fosforilação da proteína homóloga ao timoma viral (Akt) no fígado dos camundongos controles, e nos desnutridos houve maior fosforilação da proteína quinase ativada por AMP (AMPK). Em conclusão, a desnutrição pós desmame não acelera ou potencializa o desenvolvimento da resistência a insulina induzida por dieta hiperlipídica, porém confere resistência aos efeitos da suplementação com taurina (AU)

Processo FAPESP: 09/52069-9 - Mecanismos moleculares envolvidos no desenvolvimento de resistencia a insulina em camundongos desnutridos submetidos a obesidade experimental.
Beneficiário:Thiago Martins Batista
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado