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Metodologia de Identificação e Quantificação de Áreas Queimadas no Cerrado com Imagens AVHRR/NOAA.

Texto completo
Autor(es):
Helena França
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Alberto Waingort Setzer; Marisa Dantas Bitencourt; Waldir Mantovani; Mario Barroso Ramos Neto; José Felipe Ribeiro
Orientador: Alberto Waingort Setzer
Resumo

Desenvolveu-se nesse trabalho uma metodologia para identificar e quantificar quinzenalmente a área queimada na região contínua do Cerrado brasileiro a partir de imagens diárias do sensor AVHRR (Advanced Very High Resolution Radiometer) do satélite NOAA-14 (National Oceanic and Atmospheric Administration), utilizando as bandas 1 (0.6 um), 2 (0,9 um), 3 (3.7 um) e IVDN (Índice de Vegetação de Diferença Normalizada). A variação temporal de características das áreas queimadas e outras superfícies, obtida de mosaicos quinzenais das imagens AVHRR, foi a base para elaborar um algoritmo de identificação de \"cicatrizes\" de queimadas. Os resultados foram validados e ajustados com dados de alta resolução espacial obtidos em imagens TM/Landsat (Thematic Mapper). A análise estatística de regressão linear entre os dados de queimadas obtidos pela aplicação do algoritmo nos mosaicos AVHRR e aqueles das imagens TM gerou duas equações para estimar a área queimada no Cerrado com r2 = 0,8 e 0,7. Com a aplicação da metodologia desenvolvida, estimou-se em ~429.000 km2 a área queimada (entre 404.000 km2 e 455.000 km2 com intervalo de confiança a 95%) no período de 01/maio/98 a 30/abril/99, correspondendo a 19% (18 a 20%) da área total estudada. A relação entre focos de queimadas obtidos do AVHRR/NOAA-12 e área queimada permitiu cálculos preliminares de área queimada no Cerrado no período de 01/maio/99 a 31/outubro/00. Os dados TM mostraram que as queimadas pequenas, menores que 0,5 km2, embora muito numerosas (53% do total), respondem por apenas ~2 % da área queimada. Por outro lado, as queimadas grandes, maiores que 10 km2, são poucas (8%), mas responsáveis por cerca de 74% da área queimada no Cerrado. Os resultados desse trabalho mostraram pela primeira vez que é possível estimar regularmente a área queimada no Cerrado com erro inferior a 15% no cálculo anual a partir dos dados diários do AVHRR. Tais estimativas poderão subsidiar estudos sobre o papel ecológico do fogo no Cerrado, planejamento ambiental em nível regional, localização das áreas críticas com ocorrências mais freqüentes de queimadas, implantação de planos de uso, manejo e fiscalização do uso do fogo em escala regional, cálculos de emissões de queimadas, etc. (AU)

Processo FAPESP: 97/07695-0 - Estudo do regime de queimadas nos Cerrados brasileiros com imagens AVHRR/NOAA: 1985-1988
Beneficiário:Helena França
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado