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Vacinas de DNA contra Streptococcus pneumoniae baseadas em PspA (Pneumococcal surface protein A) e PspC (Pneumococcal surface protein C)

Autor(es):
Ferreira, Daniela Mulari
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo. 2009. 154 f.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas
Data de defesa:
Orientador: Miyaji, Eliane Namie
Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - USP
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca do Instituto de Ciências Biomédicas; T-ICB BIOT QH323.6; F383vd
Notas: Programa Interunidades em Biotecnologia EP/FMVZ/IPT/IB/ICB/BUTANTÃ.
Resumo

Streptococcus pneumoniae é uma bactéria gram-positiva causadora de infecções do trato respiratório e doenças invasivas. As vacinas conjugadas atualmente disponíveis se mostraram eficazes, entretanto seu elevado custo e a proteção restrita somente aos sorotipos capsulares presentes em sua formulação, impedem sua inclusão nos programas de saúde pública de países em desenvolvimento. Portanto, diante da necessidade de uma vacina com menor custo e que apresente ampla cobertura contra diversos isolados de pneumococo, pesquisadores têm feito esforços para o desenvolvimento de uma vacina baseada em antígenos proteicos de pneumococo. Entre esses antígenos, PspA (Pneumococcal surface protein A) e PspC Pneumococcal surface protein C) são candidatos vacinais promissores e ambos foram estudados neste projeto. Ambos antígenos foram administrados sob formulações de proteínas recombinantes e vacinas de DNA por diferentes vias e foram testados em três modelos de desafio: injeção intraperitoneal, colonização da nasofaringe e desafio intranasal invasivo Respostas imunes balanceadas de anticorpos IgG l/IgG2a, ao lado de uma produção de citocinas polarizadas para Thl, foram observadas em animais imunizados pela via intramuscular com a vacina de DNA expressando PspA. Essa resposta imune resultou em aumento da deposição de anticorpos na superfície de pneumococo e níveis similares de proteção em um modelo de desafio intraperitoneal, quando comparado aos induzidos pela imunização com a proteína recombinante. A imunização intramuscular com DNA também se mostrou protetora contra colonização da nasofaringe, e a transferência passiva de anticorpos induzidos por essa vacinação foram capazes de induzir uma significativa redução no número de UFCs, recuperados das nasofaringes de camundongos. Posteriormente, a imunização nasal com PspA sem o uso de adjuvantes e Lactobacillus casei expressando esse mesmo antígeno foram capazes de induzir uma resposta imune protetora contra o desafio intranasal invasivo. Essa resposta também foi caracterizada por baixas razões de anticorpos IgG I/IgG2a e secreção de IFN-y por células do baço e pulmão. Experimentos de inoculação de PspC pela via sub lingual ou intramuscular mostraram que este antigeno é protetor contra colonização da nasofaringe mesmo na ausência de anticorpos. Como conclusão, nós sugerimos que estratégias vacinais capazes de induzir uma resposta imune polarizada para Thl com um aumento na produção de anticorpos IgG2a e de citocinas Thl seriam apropriadas para obter proteção tanto contra doenças invasivas como contra colonização causadas por pneumococo. (AU)