Peptidases do semen, da vagina, do utero e do vas deferens: possivel relacao com a sobrevida de espermatozoides da cascavel crotalus durissus terrificus (viperidae: crotalinae).

Resumo

O armazenamento de longo prazo do esperma e a manutenção de sua capacidade fertilizadora no trato genital da fêmea, cujos mecanismos ainda são muito pouco conhecidos, são ocorrências naturais na cascavel Crotalus durissus terrificus. Componentes do esperma, do vas deferens e/ou do útero e vagina poderiam atuar na preservação da viabilidade dos espermatozóides. Os peptídeos e suas enzimas reguladoras estão entre os componentes mais prováveis desse fenômeno, uma vez que vêm sendo relacionados não só com a fertilidade, como a processos infecciosos dos espermatozóides, e podem ser considerados, também, como uma perspectiva bastante viável capaz de propiciar novos e melhores parâmetros indicativos da normalidade destas células. Neste projeto pretendemos realizar a prospecção fluorimétrica de atividades de aminopeptidase básica (APB), ácida (APA), neutra (APN), cistil (CAP), piroglutamil (pGluAP), prolil-imino (PIP) e prolil dipeptidase (DPPIV), e de prolil endopeptidase (PEP) em frações solúvel (FS) e de membrana solubilizada (FM) no sêmen total (e, se houver disponibilidade amostral, também em frações seminais) armazenado no tecido uterino ou proveniente dos vasa deferentia desta serpente, bem como nestes próprios tecidos e na vagina, todos coletados ao longo de dois anos, associando seus teores com as condições de qualidade e/ou integridade dos espermatozóides, a fim de identificar algum possível relacionamento com a manutenção da sobrevida e da capacidade fertilizadora destas células. (AU)