Avaliação do potencial de agentes ativos de plantas no cultivo de células de inseto selvagens e geneticamente modificadas

Resumo

O presente trabalho visa estudar o potencial de agentes ativos de plantas, como o alecrim e o gengibre com demonstradas propriedades anti-oxidantes, no cultivo de células de inseto selvagens e geneticamente modificadas para a produção de componentes de vacinas. Serão utilizadas células embrionárias do díptero Drosophila melanogaster Schneider 2 (S2), empregadas na atualidade com sucesso na expressão de vários produtos, como o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg), proteínas do vírus da imunodeficiência humana (HIV), a dopamina, o ácido butírico gama-amino (GABA), receptores opióides e plasminogênio humano. As células usadas serão especificamente a linhagem selvagem e a transfectada empregada na produção da glicoproteína G do vírus da raiva e do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg). O sistema de expressão deste tipo de células mostra-se capaz de realizar modificações pós-tradução na complexidade final requerida, com maior facilidade de cultura que as células de mamíferos e menores custos envolvidos. No presente estudo propõe-se a avaliação do potencial dos extratos obtidos de alecrim e de gengibre por tecnologia supercrítica e veiculados através de uma dispersão em lipossomas no metabolismo, crescimento, produtividade celular e na produção das proteínas de interesse. Dentre as destacadas propriedades dos extratos em foco, espera-se verificar sua atuação no comportamento de apoptose celular, atrasando o processo e, conseqüentemente, aumentando a produtividade global do sistema.