Analise da toxicidade e mutagenicidade de solo de landfarming, proveniente de refinaria de petroleo, antes e depois de processos que visam estimular a biodegradacao de hidrocarbonetos.

Resumo

A biorremediação de solos, quando comparada com processos químicos e físicos, é uma alternativa ecologicamente mais segura e eficiente para reduzir a poluição por contaminantes orgânicos. Esta tecnologia é baseada na utilização de microrganismos para transformar os poluentes em substâncias com pouca ou nenhuma toxicidade. A indústria petroquímica, preocupada com o resíduo sólido gerado durante o processo de refino, utiliza-se do sistema de biorremediação denominado landfarming, visando reduzir ou eliminar hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) de seu resíduo. Entretanto, como alguns HPAs são recalcitrantes, processos que estimulam a biodegradação dos mesmos também podem ser desenvolvidos. De modo geral, biologicamente, a eficácia dos processos de biorremediação é avaliada por meio de testes de toxicidade. Contudo, tendo-se em vista que a finalidade mais importante da remediação de solos é destruir contaminantes de ação crônica, principalmente mutágenos e carcinógenos, é objetivo do presente trabalho investigar a eficiência da biorremediação do solo de landfarming (proveniente de uma refinaria de petróleo) e de processos que visam estimular a biodegradação de hidrocarbonetos, por meio de testes de toxicidade e também de mutagenicidade utilizando os sistemas-teste Rinochricus padbergi (Diplopoda) e Allium cepa (cebola). (AU)