Efeito das intervenções action planning e coping planning sobre a realização de atividade física por cardiopatas isquêmicos

Resumo

A literatura traz amplo relato dos benefícios da atividade física regular para os pacientes com cardiopatia isquêmica. Entretanto, em igual proporção tem sido relatada a dificuldade dos profissionais de saúde para promover a adesão e manutenção deste comportamento. Dentre as dificuldades mencionadas destaca-se a escassez de estudos experimentais que tenham testado a efetividade de estratégias educacionais bem definidas para direcionar as futuras intervenções. Este estudo tem como objetivo verificar a efetividade de duas intervenções de planejamento, baseadas nas estratégias de (a) planejamento da ação (action planning) e (b) planejamento de enfrentamento de obstáculos (coping planning) na implementação da realização de exercício físico (caminhada) entre pacientes com cardiopatias isquêmicas. O estudo será realizado no Ambulatório de Cardiologia de um hospital universitário do interior do estado de São Paulo. Farão parte deste estudo pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de coronariopatia isquêmica, liberados para realização de atividade física. Trata-se de um estudo experimental, que envolve três ondas de coleta de dados. Na primeira fase (T0) serão coletados dados sobre a caracterização sociodemográfica e clínica e mensuração das variáveis: intenção comportamental (I0) e comportamento (B0) (caminhada de ao menos 30 minutos/dia, 3 vezes/semana). A seguir os sujeitos serão randomizados em: grupo controle (C) e grupo intervenção (GI). Ao primeiro (T1) e segundo (T2) meses de seguimento, serão feitas novas medidas de intenção e comportamento (11, B1, B2). O grupo intervenção (GI) será submetido seqüencialmente a duas estratégias de planejamento - o planejamento da ação e o planejamento de enfrentamento de obstáculos. Os dados serão analisados por meio do emprego dos testes estatísticos de associação e de comparação, para comparar as medidas de comportamento e intenção intra e entre os grupos. Será empregada a análise de regressão para avaliar a capacidade da intenção em predizer o comportamento no primeiro e segundo meses de seguimento (I0->B1; I1-> B2). (AU)