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Respostas de trocas gasosas e fluorescência da clorofila A em folhas paraheliotrópicas de Styrax camporum Pohl. submetida à deficiência hídrica

Processo: 09/04007-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2009
Data de Término da vigência: 31 de março de 2011
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Botânica - Fisiologia Vegetal
Pesquisador responsável:Gustavo Habermann
Beneficiário:Aline Mariani Feistler
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Assunto(s):Estresse hídrico   Fotossíntese   Styracaceae   Cerrado   Ecofisiologia vegetal
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cerrado | Ecofisiologia de espécies lenhosas do cerrado | Estresse Hídrico | Fotossíntese | heliotropismo | Styracaceae | Ecofisiologia vegetal

Resumo

Heliotropismo é o fenômeno no qual as folhas ajustam sua posição de acordo com a direção dos raios solares. Folhas diaheliotrópicas orientam-se perpendicularmente à radiação, enquanto folhas paraheliotrópicas posicionam-se paralelamente aos raios solares, reduzindo a interceptação de fótons, a taxa de transpiração e o aquecimento da folha. O paraheliotropismo é induzido por valores elevados de irradiância; porém, a temperatura elevada e a deficiência hídrica no solo também podem induzir a orientação vertical da folha sob menor irradiância, o que é particularmente importante para evitar a fotoinibição. No Cerrado, bioma no qual muitas espécies estão sujeitas a alta irradiância e a estresses concomitantes (baixa disponibilidade de água no solo, temperaturas diurnas elevadas e alto déficit de pressão de vapor - DPV), sobretudo na estação seca, é ainda discreto o conhecimento sobre as razões, causas e consequências ecofisiológicas do heliotropismo encontrado em espécies lenhosas do cerrado. Um estudo prévio (Habermann et al., 2008) com indivíduos adultos de Styrax camporum, um arbusto do cerrado paulista, encontrou maiores valores de assimilação de CO2 (A), transpiração (E) e condutância estomática (gs) nas folhas paraheliotrópicas, em relação às folhas diaheliotrópicas; mas estas variáveis, sobretudo E, não determinaram menor temperatura foliar e esta também não influenciou A. Este estudo também encontrou parênquima esponjoso compacto em ambos os tipos de folha, indicando maior capacidade fotossintética por unidade de área foliar. Portanto, ainda não foram obtidas evidências diretas da razão de maior A nas folhas paraheliotrópicas desta espécie, tendo-se sugerido, com base na literatura de espécies cultivadas, que o posicionamento vertical das folhas evita a interceptação de irradiância excessiva, preservando o fotossistema II (PSII) de danos fotooxidativos. Desta forma, o presente projeto visa testar as hipóteses de que (i) folhas para- e diaheliotrópicas de S. camporum mostram diferenças nas trocas gasosas e fluorescência da clorofila a quando iluminadas e medidas nas faces adaxial e abaxial; (ii) folhas paraheliotrópicas de S. camporum mostram maiores taxas de trocas gasosas e maior aproveitamento ou eficiência fotoquímica do PSII do que as folhas diaheliotrópicas e (iii) a deficiência hídrica no solo amplia as diferenças das variáveis resposta de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a entre folhas para- diaheliotrópicas. Para testar tais hipóteses, plantas jovens em vasos de 100L serão submetidas à deficiência hídrica até que gs aproxime-se de valores nulos, quando as plantas serão re irrigadas. Serão avaliadas, durante a deficiência hídrica e após a recuperação, variáveis de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a e potencial da água na folha. Serão estudados os fatores disponibilidade hídrica (com ou sem rega), o tipo foliar (para- ou diaheliotrópicas) e a face foliar (adaxial e abaxial) em um experimento tri fatorial, com seis repetições. Os resultados médios serão comparados pelo teste de Tukey (P < 0,05) em cada dia e momento (horário do dia) de avaliação, durante o desenvolvimento da deficiência hídrica. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
HABERMANN, GUSTAVO; ELLSWORTH, PATRICIA F. V.; CAZOTO, JULIANA L.; FEISTLER, ALINE M.; DA SILVA, LEANDRO; DONATTI, DARIO A.; MACHADO, SILVIA R.. Leaf paraheliotropism in Styrax camporum confers increased light use efficiency and advantageous photosynthetic responses rather than photoprotection. ENVIRONMENTAL AND EXPERIMENTAL BOTANY, v. 71, n. 1, p. 10-17, . (06/01180-9, 09/04007-4, 06/01125-8)
FEISTLER, A. M.; HABERMANN, G.. Assessing the role of vertical leaves within the photosynthetic function of Styrax camporum under drought conditions. Photosynthetica, v. 50, n. 4, p. 613-622, . (09/04007-4)
Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
FEISTLER, Aline Mariani. Respostas de trocas gasosas e fluorescência da clorofila A em folhas verticais de Styrax camporum Pohl. (Styracaceae) submetida à deficiência hídrica. 2011. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Rio Claro Rio Claro.