Efeito do tratamento com Ginkgo biloba sobre a resistência à insulina em ratos com obesidade induzida pela dieta

Resumo

A obesidade e o diabetes tipo 2 são distúrbios com alta prevalência no Brasil e, neste sentido, o desenvolvimento de uma terapia eficiente e de fácil acesso à população é bastante desejável. Há indícios na literatura de que o tratamento com o Ginkgo biloba promove melhora dos distúrbios associados à obesidade, em especial a hiperglicemia. Em vista desta evidência, é de grande interesse descobrir se este efeito ocorre por meio de alteração da via de sinalização insulínica ou ainda da via de sinalização dos receptores tipo "toll" em tecidos insulino-dependentes. É importante ressaltar que o extrato Ginkgo biloba é amplamente utilizado pela população brasileira e que apresenta baixo custo quando comparado a outras terapias utilizadas no tratamento do diabetes tipo 2 ou até mesmo da obesidade. Na expectativa de elucidar os mecanismos de ação deste agente, utilizaremos ratos com obesidade induzida pela dieta (DIO) e resistentes à insulina submetidos a um tratamento prolongado com extrato padronizado de Ginkgo biloba. Avaliaremos pela técnica de Western Blotting, o teor e o grau de fosforilação das proteínas das etapas iniciais da via de sinalização insulínica e da sinalização dos receptores do tipo "toll" tanto no tecido adiposo retroperitoneal quanto no músculo gastrocnêmio. Além disso, avaliaremos o consumo alimentar diário, o ganho de peso corporal, a tolerância à glicose em resposta ingestão de solução concentrada de glicose, os níveis séricos de insulina, glicose, leptina e adiponectina e o teor das citocinas IL-6, TNF-± e IL-10 tanto no tecido adiposo retroperitoneal quanto no músculo gastrocnêmio ao término do tratamento. (AU)