Análise da associação entre vegetarianismo e aterosclerose subclínica em população no estado de São Paulo

Resumo

A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbi-mortalidade mundial. Além dos fatores precipitantes da DCV extensivamente abordados pela literatura, novos fatores de risco, bem como fatores de proteção necessitam de maior estudo, aprofundamento sobre sua ação e influências que podem favorecer ou não o aparecimento de DCV. Vários estudos demonstraram o efeito protetor da dieta vegetariana na prevalência de DCV. Entretanto ainda restam vários questionamentos sobre a aplicabilidade desses estudos em grupos populacionais além daqueles que foram originalmente estudados. Dentre estes, ressalta-se o grupo de adventistas do sétimo dia, já estudado tanto nos EUA por dois estudos de grande porte, envolvendo quase cem mil participantes, como em outros grupos menores na Europa. Sendo uma população que notadamente é conhecida por evitar outros fatores de risco para DAC (doença arterial coronária), temos aí um modelo ideal para mapeamento de fatores de risco genético nesta doença, sem os vieses usuais encontrados em outros grupos. Estudos anteriores demonstraram uma menor incidência de doenças crônicas em geral. Objetivos: O presente estudo visa analisar os fatores de risco cardiovascular clássicos, dieta vegetariana e a associação destes com doença arterial subclínica em uma amostra do Estado de São Paulo Métodos: 1.500 indivíduos ligados a Igreja Adventista do Sétimo Dia, sendo 1.000 com regime dietético vegetariano, e suas variantes, e 500 adventistas com regime alimentar incluindo carnes. Será feito um questionário social e histórico de saúde, a realização de exames clínicos gerais, determinação de variáveis nutricionais e gasto calórico global, e exames cardiológicos específicos, dentre eles, a determinação de ateromatose subclínica através da determinação do escore de cálcio coronário e USG de carótida. (AU)