Abordagens genômicas para explorar as consequências da interação de genótipos biologicamente distintos de Leishmania infantum com hospedeiros vertebrados e o impacto na epidemiologia da Leishmaniose Visceral Americana

Resumo

A exploração da base genética da Leishmaniose Visceral (LV) tem identificado quantidades substanciais de biomarcadores e assim, tem contribuído para melhorar a compreensão da patogênese da LV. Entretanto, tais achados não têm sido convertidos em estratégias de controle da doença. A identificação de alvos imunoterapêuticos depende da identificação de vias metabólicas do hospedeiro, consistentemente associadas aos diferentes fenótipos de resposta à infecção. Um estudo amplo de associação genômica (GWAS) em amostra de cães seguidos em uma coorte prospectiva poderia validar as associações genótipos-fenótipos previamente identificadas pelo nosso grupo. A compreensão das estratificações de respostas do hospedeiro, atribuídas à variação genotípica do parasito também representam uma lacuna desse campo de estudo. A avaliação da resposta clínico-imunológica de cães expostos a parasitos com diferentes genótipos poderia apontar se a variação de resposta observada previamente em estudos in vitro se reflete em uma infecção subclínica in vivo, que contribuiria para manter o ciclo de transmissão da LV. Assim seria possível avaliar o impacto epidemiológico da cocirculação de genótipos distintos de L. infantum. Adicionalmente, identificar genes diferentemente expressos em cães expostos a diferentes genótipos do parasito poderia concomitantemente indicar vias metabólicas com potencial imunoterapêutico e validar genes candidatos identificados no GWAS. Portanto, o objetivo dessa proposta é validar marcadores genéticos em uma amostragem independente, avaliar a associação entre perfis de resposta canina e genótipos de L. infantum e investigar a variação da expressão gênica em cães expostos a diferentes genótipos de L. infantum. (AU)