Busca avançada
Ano de início
Entree

Impacto da interação da migalina na resposta inflamatória induzida por agonistas de TLR3.

Processo: 23/08292-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2024
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Aplicada
Pesquisador responsável:Monamaris Marques Borges
Beneficiário:Nayara Danielli Del Santos
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:20/08182-4 - Interação da Migalina com células imunes e controle de infecções por microrganismos patogênicos, AP.R
Assunto(s):Macrófagos   Receptores toll-like   Imunidade inata
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acilpoliamina | Macrófagos | Migalina | receptores Toll-like | resposta imune inata | Imunologia

Resumo

Diversos produtos naturais estão sendo estudados com o objetivo de identificar novas moléculas bioativas com potencial terapêutico para infecções e modulação imune. A caracterização das atividades biológicas e mecanismos de ação destas moléculas são fundamentais para a sua aplicação e identificação de possíveis alvos moleculares. Receptores Toll-like (TLRs) são muito importantes no desenvolvimento da resposta imune, pois ligam a imunidade inata a adaptativa. Sua ativação auxilia na geração de uma resposta imune rápida e essas propriedades podem ser exploradas para o desenvolvimento de agentes profiláticos eficazes contra doenças infecciosas e outras. Para entender o efeito de uma molécula como imunomoduladora há necessidade de conhecer seu padrão de resposta como resultado da interação com vários receptores TLRs. Os patógenos possuem vários componentes que podem ativar simultaneamente vários TLRs produzindo ao final uma resposta específica. Acredita-se que a ativação de dois ou mais TLRs simultaneamente pode gerar uma resposta sinérgica ou antagônica dependendo de sua natureza da ativação (Paul et al., 2013, doi.org/10.1016/j.vetimm.2012.10.013). O TLR3 é um membro da família dos receptores Toll que está presente no endossoma e se liga ao RNA de dupla fita viral e diferente dos TLR2 e TLR4 de superfície celular, usa via alternativa de ativação independente de MYD88. As poliaminas são um grupo de compostos catiônicos endógenos, sintetizados por todas as células vivas. Essas moléculas influenciam em diversas funções celulares, uma vez que se ligam ao DNA, ao RNA e às proteínas, controlando o crescimento, diferenciação e sobrevida de microrganismos e células eucarióticas. Seus análogos têm sido muito explorados no controle de microrganismos, funções imunes e câncer. A Migalina é uma acilpoliamina sintética, análoga da poliamina espermidina, originária de hemócitos da aranha Acanthoscurria gomesiana. Essa molécula difere da espermidina por apresentar dois grupamentos acil e atividade microbicida provocando rompimento da parede bacteriana, quebra do DNA, além de modular a resposta imune inata. Ensaios in vitro comprovaram que essa molécula regula negativamente a resposta de macrófagos ao estímulo com LPS via a interação com TLR4/MD2, reduzindo a síntese de TNF-±, IL-6, COX-2 e iNOS, bem como inibição da sinalização da proteína p65 do fator nuclear ºB (NF- ºB). Estas características mostram que essa molécula representa um alvo terapêutico a ser explorado contra microrganismos e o seu papel como regulador imune. Será investigado a ação da Migalina sobre células fagocíticas tratadas com agonistas do TLR3 de natureza endógena e que não utiliza a molécula adaptadora MD2, seguido pela análise da expressão de biomarcadores de sinalização intracelular, como MAPkinase, IRF3, STAT1, expressão de MHC classe II e CD86 e a interferência nos miRNA 155 e 146a. MicroRNAs (miRNA) são pequenos RNAs de extrema importância em vários processos biológicos, incluindo na resposta inflamatória, atuando na modulação da resposta imune inata a infecções e diversos outros processos biológicos. Múltiplos miRNAs são induzidos durante a resposta imune inata, contribuindo para a polarização de macrófagos. Sua expressão depende de vários fatores, dentre eles o tipo de agonista e de células usada nos ensaios, sendo regulados de modo diferente na dependência do modelo escolhido. Não está claro como os TLR regulam miRNAs, mas há informações que em macrófagos derivados de medula óssea, macrófagos e células dendríticas, agonistas de TLR4 de superfície (LPS) e TLR3, endógeno (Poly I:C) podem regular a resposta de miRNA 155 e 146a (MA Nahid et al., 2011, doi:10.1038/cmi.2011.26). Desconhecemos a participação destes mecanismos durante a ativação de macrófagos com migalina na presença destes dois agonistas, objeto desta investigação.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)