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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Atualização sobre o tratamento neurocirúrgico do transtorno obsessivo-compulsivo

Texto completo
Autor(es):
Antonio Carlos Lopes [1] ; Maria Eugênia de Mathis [2] ; Miguel Montes Canteras [3] ; João Victor Salvajoli [4] ; José Alberto Del Porto [5] ; Eurípedes Constantino Miguel [6]
Número total de Autores: 6
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Psiquiatria
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Psiquiatria
[3] Instituto de Radiocirurgia Neurológica - Brasil
[4] Instituto de Radiocirurgia Neurológica - Brasil
[5] Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Psiquiatria - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Psiquiatria
Número total de Afiliações: 6
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Psiquiatria; v. 26, n. 1, p. 62-66, 2004-03-00.
Resumo

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) responde aos tratamentos habituais (fármacos e psicoterapia) em cerca de 60 a 80% dos casos. Existe, assim, uma parcela de pacientes resistente aos tratamentos usuais, mesmo que adequadamente conduzidos, com grave prejuízo psicossocial. Nestas situações, a neurocirurgia pode ser indicada. Existem cinco técnicas cirúrgicas disponíveis, com as seguintes taxas de melhora global pós-operatória: capsulotomia anterior (38 a 100%); cingulotomia anterior (27 a 57%); tractotomia subcaudado (33 a 67%); leucotomia límbica (61 a 69%) e talamotomia central lateral com palidotomia anteromedial (62,5%). A capsulotomia anterior pode ser realizada através de diferentes técnicas: neurocirurgia padrão, radiocirurgia ou estimulação cerebral profunda. Na neurocirurgia padrão, circuitos neurais são interrompidos por radiofreqüência via trepanação no crânio. Na radiocirurgia, uma lesão actínica é induzida sem a necessidade de abertura do crânio. A estimulação cerebral profunda consiste na implantação de eletrodos ativados a partir de estimuladores. A literatura indica taxas relativamente baixas de eventos adversos e complicações, sendo raramente descritas alterações neuropsicológicas e de personalidade. Cumpre ressaltar, no entanto, a falta de ensaios clínicos randomizados que comprovem a eficácia e investiguem os eventos adversos ou complicações dos procedimentos cirúrgicos acima mencionados. Concluindo, há um recente aprimoramento das neurocirurgias dos transtornos psiquiátricos graves no sentido de torná-las cada vez mais eficazes e seguras. Estas cirurgias, quando adequadamente indicadas, podem trazer alívio substancial ao sofrimento de pacientes com TOC grave. (AU)

Processo FAPESP: 99/12205-7 - Patogênese e tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo
Beneficiário:Eurípedes Constantino Miguel Filho
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático