Serviços de vacinação e cobertura vacinal incompleta em crianças: uma análise espacial comparativa das coortes BRISA, São Luís (Maranhão) e Ribeirão Preto (São Paulo), Brasil

Autor(es)

Cruz da Silva Queiroz, Rafaelle Cristina ^[1] ; de Sousa Queiroz, Rejane Christine ^[1] ; Hernandes Rocha, Thiago Augusto ^[2] ; Silva, Francelena de Sousa ^[1] ; dos Santos, Izani Goncalves ^[1] ; da Silva, Isaias Pereira ^[1] ; da Silva, Nubia Cristina ^[3] ; Barbieri, Marco Antonio ^[4] ; Pereira Saraiva, Maria da Conceicao ^[4] ; Moura da Silva, Antonio Augusto ^[1]

Afiliação do(s) autor(es)

^[1] Univ Fed Maranhao, Av Portugueses 1996, BR-65080805 Sao Luis, Maranhao - Brazil

^[2] Org Pan Amer Saude, Brasilia, DF - Brazil

^[3] MATH Consortium Methods Analyt & Technol Hlth, Sao Luis, Maranhao - Brazil

^[4] Univ Sao Paulo, Ribeirao Preto - Brazil

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Cadernos de Saúde Pública; v. 37, n. 6 2021.
• Citações Web of Science: 0

Resumo

Analisamos a relação espacial entre cobertura vacinal incompleta em crianças e a distância da residência até os serviços de vacinação. Este foi um estudo transversal de crianças entre 13 e 35 meses de idade nas cidades de São Luís (Maranhão) e Ribeirão Preto (São Paulo), Brasil, e das unidades básicas de saúde (UBS). A amostra consistia em 2.744 crianças de São Luís e 3.325 de Ribeirão Preto. Os dados sobre a cobertura vacinal incompleta foram obtidos das coortes de nascimento BRISA. Os dados sobre a qualidade dos serviços de vacinação das UBS foram obtidos do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Para a análise espacial, determinamos a distância da residência das crianças (com e sem calendário vacinal completo) até os serviços de vacinação da UBS (classificados de acordo com o número de itens estruturais). A cobertura vacinal incompleta era mais marcante em São Luís, com percentuais mais altos para as vacinas do rotavírus humano e tríplice viral, sendo que esta era menos disponível. Em Ribeirão Preto, a cobertura vacinal incompleta para BCG era mais evidente, enquanto a vacina tetravalente era a menos disponível. As crianças das duas cidades mostraram semelhanças: a maioria tinha mães adultas com 9 a 11 anos de escolaridade e não residia com irmãos no domicílio. Também mostravam diferenças: em São Luís, a maioria das mães pertencia à classe econômica C, enquanto as mães em Ribeirão Preto pertenciam mais às classes A e B. Nas duas cidades, com condições socioeconômicas diferentes, a cobertura vacinal completa parecia não depender da localização ou da qualidade do serviço de vacinação. Embora São Luís tenha demonstrado melhor estrutura dos serviços, a cobertura vacinal incompleta foi mais alta em São Luís quando comparada à de Ribeirão Preto. (AU)

• Processo FAPESP: 08/53593-0 - Fatores etiológicos da prematuridade e conseqüências dos fatores perinatais na saúde da criança: coortes de nascimentos em duas cidades brasileiras
• Beneficiário: Marco Antonio Barbieri
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático