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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Dor abdominal intermitente na vasculite por IgA

Texto completo
Autor(es):
Izabel Mantovani Buscatti [1] ; Juliana Russo Simon [2] ; Vivianne Saraiva Leitao Viana [3] ; Tamima Mohamad Abou Arabi [4] ; Vitor Cavalcanti Trindade [5] ; Ana Carolina Cortez Maia [6] ; Lara Regina Cavalcante Melo [7] ; Bianca Pires Ihara [8] ; Nadia Emi Aikawa [9] ; Clovis Artur Silva [10]
Número total de Autores: 10
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[5] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[7] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[8] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[9] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
[10] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas - Brasil
Número total de Afiliações: 10
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Paulista de Pediatria; v. 40, 2021-09-01.
Resumo

RESUMO Objetivo: Avaliar a dor abdominal intermitente em pacientes com vasculite por IgA e sua relação com dados demográficos, manifestações clínicas e tratamentos. Métodos: Um estudo de coorte retrospectiva incluiu 322 pacientes com vasculite por IgA (critérios EULAR/PRINTO/PRES) em uma Unidade de Reumatologia Pediátrica durante 32 anos. Dezesseis pacientes foram excluídos em razão de dados incompletos. A dor abdominal intermitente foi caracterizada por nova dor abdominal difusa após resolução completa no primeiro mês da doença. Resultados: Dor abdominal intermitente foi observada em 35/306 (11%) dos pacientes com vasculite por IgA. A mediana entre a primeira e a segunda dor abdominal foi 10 dias (3–30 dias). O principal tratamento incluiu glicocorticoide [n=26/35 (74%)] e/ou ranitidina [n=22/35 (63%)]. Análises adicionais mostraram que a frequência da púrpura/petéquia intermitente (37 vs. 21%; p=0,027) e a mediana da duração da púrpura/petéquia [20 (3–90) vs. 14 (1–270) dias; p=0,014] foram significativamente maiores em pacientes com vasculite por IgA com dor abdominal intermitente em comparação com aqueles sem essa condição. Sangramento gastrointestinal (49 vs. 13%; p<0,001), nefrite (71 vs. 45%; p=0,006), uso de glicocorticoides (74 vs. 44%; p=0,001) e de imunoglobulina endovenosa (6 vs. 0%; p=0,036) também foram maiores no primeiro grupo. A frequência do uso de ranitidina foi significativamente maior em pacientes com vasculite por IgA com dor abdominal intermitente versus sem dor (63 vs. 28%; p<0,001), ao passo que a mediana da duração do uso de ranitidina foi reduzida no primeiro grupo [35 (2–90) vs. 60 (5–425) dias; p=0,004]. Conclusões: Dor abdominal intermitente ocorreu em, aproximadamente, um décimo dos pacientes com vasculite por IgA, nos primeiros 30 dias da doença, e foi associada a manifestações clínicas graves. Este estudo sugere, portanto, que esses pacientes devem ser seguidos rigorosamente com avaliação clínica e laboratorial, principalmente durante o primeiro mês da doença. (AU)

Processo FAPESP: 15/03756-4 - Avaliação da relevância dos níveis sanguíneos de drogas utilizadas em doenças autoimunes reumatológicas no acompanhamento da segurança, eficácia e aderência à terapêutica
Beneficiário:Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático