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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Rastros, ruínas e decadência: contribuições para uma antropologia dos arquivos

Texto completo
Autor(es):
Bruna Triana [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal da Bahia - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Rev. Antropol.; v. 65, n. 2 2022-10-17.
Resumo

RESUMO Neste ensaio, proponho pensar o arquivo como cidade e a cidade como arquivo. As análises formuladas ao longo desse itinerário de mão-dupla, que permeiam documentos e ruas, embasam-se em três imagens conceituais: rastro, ruína e decadência. A partir de Maputo, capital moçambicana, problematizo meu trabalho de campo mostrando como esse exercício afetivo e epistemológico de “caminhar-pesquisar” envolve um olhar duplicado sobre o arquivo e a cidade. Esse olhar me levou, de um lado, a analisar os meios de controle e de silenciamento que cercam histórias e memórias presentes em ambos os espaços; de outro, a escavar outros sentidos que ameaçam esses mecanismos. Meu argumento é que o arquivo, como a cidade, é um espaço vivo, repleto de tensões, hiatos e ambiguidades. Por isso, é preciso testar os limites de se pensar, conjunta e comparativamente, o arquivo institucional e o arquivo urbano. Com esse olhar duplicado, problematizo os rastros das histórias oficiais e como elas são negociadas e disputadas - em imagens guardadas pelo Estado ou em monumentos escondidos. (AU)

Processo FAPESP: 14/25152-0 - A fotografia de Ricardo Rangel: experiência, memória e colonialismo em Moçambique
Beneficiário:Bruna Nunes da Costa Triana
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado