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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Evolução nutricional de pacientes com transtornos alimentares: experiência de 30 anos de um Hospital Universitário

Texto completo
Autor(es):
Raphaela Fernanda Muniz Palma [1] ; José Ernesto dos Santos [2] ; Rosane Pilot Pessa Ribeiro [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Programa de Pós-Graduação de Enfermagem em Saúde Pública - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Clínica Médica - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública - Brasil
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: REVISTA DE NUTRICAO-BRAZILIAN JOURNAL OF NUTRITION; v. 26, n. 6, p. 669-678, 2013-12-00.
Resumo

OBJETIVO: Descrever a evolução do estado nutricional e dos parâmetros bioquímicos de pacientes com anorexia nervosa e bulimia nervosa internados para tratamento durante seguimento em serviço especializado. MÉTODOS: Foram revisados todos os prontuários dos pacientes em seguimento pelo serviço de 1982 a 2011, que foram internados para tratamento. Dados sociodemográficos, peso, altura e exames bioquímicos foram coletados no início e final da internação. RESULTADOS: No período referido, 83 pacientes com diagnóstico de anorexia ou bulimia nervosa foram internados para tratamento. A maioria era do sexo feminino (95,2%) raça branca (94,0%), solteira (76,0%) e sem filhos (78,3%). O diagnóstico predominante foi de anorexia nervosa (85,5%), sobretudo em seu tipo restritivo (54,2%). O índice de massa corporal médio dos pacientes adultos (n=41) evoluiu de 16,53±4,9 para 17,47±4,3kg/m² (p<0,05). Para as crianças e adolescentes (n=38), passou de 13,78±2,57 para 15,11±2,99kg/m² (p<0,05). Os valores médios da maioria dos parâmetros bioquímicos estavam dentro do limite da normalidade e, apenas o betacaroteno, manteve-se em níveis médios acima da normalidade no início e final da internação. Os valores de albumina, hematócrito, lipoproteína de alta densidade e potássio melhoraram ao final da internação (p<0,05). CONCLUSÃO: A hospitalização integral, apesar das dificuldades e da complexidade inerentes ao tratamento dos transtornos alimentares, considerando-se principalmente a resistência frente à recuperação do peso, pode proporcionar melhoria no estado nutricional e normalização de diversos parâmetros bioquímicos. (AU)

Processo FAPESP: 10/02417-8 - Hospitalização integral para o tratamento de transtornos alimentares: características e resultados.
Beneficiário:Raphaela Fernanda Muniz Palma
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado