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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Distribuição de macroalgas lóticas de uma bacia de drenagem no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil

Texto completo
Autor(es):
O. Necchi-Júnior [1] ; L. H. Z. Branco [2] ; C. C. Z. Branco [3]
Número total de Autores: 3
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Depto. Zoologia e Botânica - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista. Depto. Zoologia e Botânica - Brasil
[3] Universidade Estadual do Centro-Oeste
Número total de Afiliações: 3
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Brazilian Journal of Biology; v. 63, n. 4, p. 635-646, 2003-11-00.
Resumo

Doze segmentos de riachos foram amostrados quatro vezes em 1998-1999 (uma amostragem em cada estação) na bacia de drenagem do alto rio São Francisco (19º45'-21º25'S, 49º05'-51º30'W), situado no Parque Nacional da Serra da Canastra, em altitudes de 1.175 a 1.400 m. O levantamento das macroalgas resultou em 30 espécies, com predominância de Cyanophyta (12 espécies = 40%) e Chlorophyta (11 espécies = 36,5%) e menor proporção de Rhodophyta (sete espécies = 23,5%). Duas espécies, Klebsormidium rivulare (Chlorophyta) e Kyliniella latvica (Rhodophyta), constituem novos registros para o Brasil. Capsosira sp. e Stigonema sp. (Cyanophyta) e o estágio "Chantransia" de Batrachospermum (Rhodophyta) foram as macroalgas mais amplamente distribuídas, ocorrendo em 6 pontos de amostragem, enquanto 11 espécies foram encontradas em apenas um ponto. As proporções de tipos morfológicos de macroalgas foram as seguintes: emaranhado de filamentos (33%), filamentos livres (27%), filamentos gelatinosos (7%), crostas (7%) e tufos e colônias gelatinosas (3%). A flora teve poucas espécies em comum (4%-8%) com macroalgas lóticas de outras regiões brasileiras. As comunidades de macroalgas mostraram-se ricas, com valores de riqueza de espécies próximos aos mais altos anteriormente reportados. Os padrões típicos para comunidades de macroalgas lóticas de distribuição em mosaico e dominância de poucas espécies também foram encontrados nessa bacia. Entretanto, as variáveis ambientais mais influentes sobre a distribuição de macroalgas neste estudo (substrato rochoso, baixos valores de pH e altos de DQO, cor da água e velocidade da correnteza) foram essencialmente as mesmas que melhor descreveram as características limnológicas desse ecossistema lótico. Além disso, essa combinação de variáveis foi nitidamente diferente dos resultados de estudos anteriores em outros ecossistemas lóticos brasileiros. (AU)

Processo FAPESP: 98/01108-8 - Estrutura das comunidades de macroalgas de águas correntes do Parque Nacional da Serra de Canastra, MG
Beneficiário:Orlando Necchi Junior
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular