Capacidade secretória de insulina em pacientes saudáveis, em obesos, em obesos diabéticos tipo 2 e em obesos diabéticos tipo 2 submetidos à cirurgia bariátrica através do clamp hiperglicêmico

Resumo

Fundamentação: as prevalências de obesidade e diabetes tipo 2 vem alcançando proporções epidêmicas. A obesidade representa um estado de resistência à insulina por excelência e a deterioração da capacidade secretória das células-beta é progressiva, particularmente após o estabelecimento da hiperglicemia. Embora a prevenção, a melhora e a reversão do diabetes tipo 2 tenham sido observadas nas diversas modalidades de cirurgia bariátrica; para o funcionamento das células-beta existem questões abertas que limitam a completa compreensão do funcionamento dessas células nesses pacientes.Objetivo: comparar a secreção de insulina pelas células-beta pancreáticas em quatro grupos de pacientes: saudáveis; obesos com tolerância normal à glicose; obesos diabéticos tipo 2 e obesos diabéticos tipo 2 submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: será realizado um estudo longitudinal prospectivo, com duração de dois anos. A secreção de insulina será avaliada pela técnica de clamp hiperglicêmico, padrão-ouro para este tipo de avaliação. Também serão estudados indicadores antropométricos, de composição corporal, quantidade de gordura visceral por ultra-sonografia, além das dosagens de ácidos graxos livres e adiponectina. Serão realizados testes de média e análises de correlação para comparações entre os grupos. Perspectivas: o estudo da capacidade secretória de insulina pelas células-beta, em obesos diabéticos tipo 2 submetidos à cirurgia bariátrica, irá complementar as pesquisas com resistência à insulina realizadas com esse grupo de pacientes, de forma a ampliar o entendimento da patogênese do diabetes tipo 2. Nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica a compreensão do mecanismo de melhora do diabetes poderá fundamentar novas modalidades de tratamento clínicos e cirúrgicos.