Resposta imunológica a vacinação contra o SARS-CoV-2: do RNA à proteína

Resumo

Desde dezembro de 2019, o vírus SARS-CoV-2 - agente da pandemia mundial de COVID-19 - foi responsável por mais de 626 milhões de casos e mais de 6,5 milhões de mortes. Com o prolongamento da pandemia, tivemos o surgimento de novas variantes com maior transmissibilidade, como: Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.351.), Gamma (P.1.), Delta (B.1.17.2) e Ômicron (B.1.1.529). Além disso, as novas variantes também apresentam maior escape contra a resposta humoral gerada pela vacinação, o que demonstra a importância do reforço vacinal. No Brasil, foram oferecidas diferentes vacinas à população, o que diversifica os anticorpos monoclonais produzidos e os torna mais promissores ao sequenciamento, com o objetivo de se buscar anticorpos neutralizantes. Já foram utilizadas diferentes abordagens de sequenciamento de anticorpos, sendo possível a co-validação de sequências com o cruzamento de dados de transcriptômica e proteômica. Assim, propomos neste projeto a avaliação da resposta imunológica após a vacinação contra o SARS-CoV-2 através do: sequenciamento de anticorpos nos níveis proteicos e de mRNA, por meio da análise combinada de espectrometria de massas e sequenciamento de RNA pela estratégia de long-reads; avaliação da neutralização dos anticorpos através de imunoensaios enzimáticos e testes de neutralização viral; análise proteômica de células mononucleares de sangue periférico; e, por fim, a validação de detecção e neutralização de anticorpos recombinantes montados a partir dos dados de sequenciamento. (AU)