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Estigma de peso após a cirurgia bariátrica: um estudo qualitativo com mulheres brasileiras.

Processo: 23/10159-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2024
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Nutrição
Pesquisador responsável:Fernanda Baeza Scagliusi
Beneficiário:Fernanda Baeza Scagliusi
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Envelhecimento  Cirurgia bariátrica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:aging | Bariatric Surgery | Body image | body weight | Fat | Stigma | cirurgia bariátrica

Resumo

Estudos anteriores sugerem que um benefício da cirurgia bariátrica que os candidatos antecipam é a obtenção de um corpo mais magro, menos sujeito a julgamentos negativos percebidos e a condenação por outros. No entanto, dados adicionais também indicam que o estigma pode persistir mesmo com significativa perda de peso pós-cirurgia. Para investigar as percepções e experiências relacionadas ao estigma de mulheres que se submeteram à cirurgia bariátrica e as transformações corporais decorrentes, realizamos entrevistas individuais semiestruturadas com trinta mulheres brasileiras (15 de 33 a 59 anos e 15 de 63 a 72 anos). O material resultante das entrevistas foi então analisado por meio da análise temática. Descobrimos que alguma forma de estigma de peso persistiu para as nossas participantes, independentemente da perda de peso. As experiências contínuas de estigma também foram evidenciadas pela constante vigilância interna e externa relatada pelas mulheres, bem como pelos seus esforços para se distanciarem de seus corpos anteriores. Além disso, as participantes relataram ter sido julgadas por escolher uma "saída fácil" para perder peso. Aquelas no grupo mais velho relataram que o estigma do peso estava emaranhado com o preconceito de idade: as participantes mais velhas receberam mensagens contraditórias ressaltando as maneiras pelas quais o peso e a idade podem interagir de maneiras duplamente estigmatizadoras. Famíliares e colegas próximos foram fontes especialmente poderosas de experiências de estigma. Coletivamente, esses resultados mostram que o estigma do peso persiste mesmo quando as pessoas passam por um procedimento para perder peso substancial e que o grau e os tipos de experiências de estigma são influenciados pelo gênero e pela idade. Nosso estudo sugere que pesquisas futuras devem explorar se uma abordagem direcionada pode ser mais eficaz, por exemplo, uma abordagem que enfatize a importância de desenvolver estratégias de enfrentamento com relação a experiências de estigma e discriminação após a cirurgia. (AU)

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