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Avaliação da frequência do polimorfismo G-765C na região promotora do gene COX2 e a correlação com a expressão desse gene no endométrio de mulheres com falha de implantação com e sem endometriose

Processo: 12/03564-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2012
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2014
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Bianca Alves Vieira Bianco
Beneficiário:Bianca Alves Vieira Bianco
Instituição Sede: Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Organização Social de Saúde. Fundação do ABC. Santo André , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Caio Parente Barbosa
Assunto(s):Ginecologia  Infertilidade feminina  Endometriose  Polimorfismo genético  Ciclo-oxigenase 2  Implantação do embrião 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:endometriose | Falha de Implantação Embrionária | Gene COX2 | Infertilidade feminina | Polimorfismos Genéticos | prostaglandinas | Ginecologia/Reprodução Humana

Resumo

Dentre os principais fatores relacionados à infertilidade feminina estão a endometriose e a falha de implantação embrionária. A endometriose é uma condição esteroide-dependente na qual tecido histologicamente similar ao endométrio com glândulas e estroma cresce fora da cavidade uterina, podendo causar dor pélvica e infertilidade. Estima-se que aproximadamente 10-15% das mulheres em período reprodutivo, cerca de 40% das mulheres com dor pélvica e 50% das mulheres com problemas de fertilidade possuam esta doença. Clinicamente, uma das principais preocupações em relação à endometriose é a sua propensão para causar infertilidade. A associação entre a endometriose e a infertilidade é bem estabelecida, mas os mecanismos responsáveis por esses efeitos são desconhecidos. O endométrio passa por mudanças durante o ciclo menstrual feminino que são vitais para a implantação embrionária, que envolvem uma complexa interação entre o embrião e o endométrio materno, que ocorre entre o 20º e o 24º dia - janela de implantação. Em humanos, o processo de implantação começa com a fixação do embrião ao epitélio endotelial, intrusão completa no epitélio e, então, invasão e decídua do compartimento estromal resultando na ancoragem do concepto e estabelecimento da placenta fetal e suporte sanguíneo. O completo mecanismo molecular da implantação embrionária não é conhecido, mas sabe-se que anormalidades no endométrio resultam em falhas de implantação contribuindo para a infertilidade encontrada na maior parte das pacientes com endometriose.Além disso, abortos recorrentes, baixa qualidade dos oócitos e a perda prematura de embriões têm sido observados em mulheres com endometriose. No entanto, a exata etiologia e patogenia da endometriose são incertas, todavia fatores genéticos e ambientais têm sido associados à doença por diversos autores.Recentemente, a enzima COX2 (Cycloxygenase enzyme isoform 2) e as prostaglandinas foram associadas a várias patologias do trato reprodutivo, incluindo carcinomas, menorragia, dismenorréia e endometriose. A transcrição do gene COX2 (ID 4513) é rapidamente ativada por fatores de crescimento e oncogenes com importante papel no processo inflamatório e na tumorigênese. A importância da COX2 na reprodução foi observada em estudos de camundongos knockout, onde a ausência do gene COX2 resultou em múltiplas falhas reprodutivas incluindo falhas na ovulação, fertilização, implantação e decidualização confirmando que as prostaglandinas produzidas pela COX2 têm importante função nesse processo. Estudos in vitro também demonstraram que a síntese de prostaglandinas resultantes da expressão da enzima COX2 pode promover a angiogênese, a proliferação celular, inibir a apoptose, além de promover a invasão de tecidos vizinhos. Um polimorfismo localizado na região promotora do gene COX2 leva a troca de G (guanina) por C (citosina) na posição -765 do gene (rs20417), ocasionando uma diminuição da atividade in vitro e, consequentemente, diminuindo a formação de prostaglandinas.Salazar et al (2010) estudaram o polimorfismo G765C do gene COX2 em 106 mulheres chilenas submetidas a técnicas de reprodução assistida com falhas de implantação e 80 controles férteis. Os resultados demonstraram diferença estatística significativa na distribuição dos genótipos e alelos entre os casos e controles, sugerindo um papel importante do polimorfismo na falha de implantação embrionária. Na endometriose ainda não existem estudos do papel do polimorfismo G765C do gene COX2 e a doença.Com o intuito de tentar esclarecer um possível mecanismo que leva à infertilidade nas mulheres portadoras de endometriose, nós propomos estudar o polimorfismo G-765C na região promotora do gene COX2 e correlaciona-lo a expressão do gene no endométrio de mulheres com endometriose férteis e inférteis e comparar os resultados com um grupo de mulheres sem endometriose com falha de implantação embrionária e um grupo de mulheres férteis sem endometriose. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
CAVALCANTI, VIVIANE; PONCE, TATIANA GUIDA; MAFRA, FERNANDA ABANI; ANDRE, GUSTAVO MENDONCA; CHRISTOFOLINI, DENISE MARIA; BARBOSA, CAIO PARENTE; BIANCO, BIANCA. Evaluation of the frequency of G-765C polymorphism in the promoter region of the COX-2 gene and its correlation with the expression of this gene in the endometrium of women with endometriosis. ARCHIVES OF GYNECOLOGY AND OBSTETRICS, v. 293, n. 1, p. 109-115, . (13/07978-6, 12/03564-0)