Arsenal de virulência de Escherichia coli produtora de toxina shiga: subtipos Stx e fatores de virulência acessórios em cepas isoladas do reservatório animal e análise da expressão de genes relacionados aos processos de aderência e formação de biofilme

• Processo: 15/10537-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2015
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2018
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
• Pesquisador responsável: Beatriz Ernestina Cabilio Guth
• Beneficiário: Beatriz Ernestina Cabilio Guth
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Pesquisadores associados: Cecilia Matheus Guimarães ; Tânia Aparecida Tardelli Gomes do Amaral
• Assunto(s): Bacteriologia Escherichia coli Shiga toxigênica Virulência Biofilmes Expressão gênica Toxina Shiga
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biofilmes | Escherichia coli produtora de toxina Shiga | expressão gênica | reservatório animal | subtipos de stx | Virulência | Bacteriologia

Resumo

Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) é um importante patógeno associado a quadros graves de doenças em humanos como colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica (SHU). Embora, a maioria dos casos de SHU relatados seja atribuída ao sorotipo O157:H7, estudos recentes tem sinalizado para uma prevalência de sorotipos STEC não-O157, ressaltando o fato de que doenças graves podem ocorrer associadas a sorotipos incapazes de causar a lesão "attaching and effacing" (A/E). Ruminantes, em especial bovinos, são o principal reservatório natural de STEC. Entretanto, levantamentos epidemiológicos têm apontado para a presença de STEC no trato gastrointestinal de outros ruminantes, como ovelhas, carneiros e cabras. Assim, a transmissão para homem ocorre principalmente através do consumo de carne contaminada, porém é crescente o número de casos relacionados ao consumo de vegetais contaminados. A toxina Shiga tem um papel central na patogênese das doenças causadas por STEC, mas fatores adicionais de virulência têm sido descritos como coadjuvantes deste processo. Sabe-se que subtipos stx podem estar relacionados à gravidade dos quadros clínicos. Portanto, é crescente o interesse pela investigação sobre a ocorrência de subtipos de stx e de genes relacionados a fatores "acessórios" de virulência, como aqueles relacionados a proteínas autotransportadoras ou envolvidos na captação de ferro, em coleções de cepas STEC isoladas do reservatório animal e desprovidas de A/E. Por outro lado, é sabido que a capacidade de formar biofilmes promove maior resistência dos microrganismos a agentes sanitizantes e antimicrobianos, permitindo a manutenção da bactéria em uma superfície ou ambiente, o que pode levar a contaminação cruzada de alimentos na linha de produção. Dentre as diversas estruturas relacionadas com a formação de biofilme por cepas STEC destacam-se flagelo, fimbria curli, proteínas autotransportadoras como Cah e EhaA além da proteína de membrana OmpA. Contudo, a correlação entre estas estruturas durante os processos de formação de biofilme por cepas STEC necessita ser analisada. Este projeto tem então por objetivos: a) avaliar a distribuição de subtipos stx e de genes acessórios de virulência em cepas STEC do reservatório animal, buscando identificar o potencial de patogenicidade destas cepas; b) avaliar a expressão de diferentes estruturas, bem como genes reguladores associadas à aderência e/ou ao processo de formação de biofilme em uma cepa STEC O157 e nos mutantes para os genes cah e fliC. Pretende-se com esta abordagem traçar um perfil patogênico mais específico e completo de cepas STEC circulando em nosso meio e obter informações sobre como estruturas relacionadas à aderência e formação de biofilme interagem durante estes processos considerados multifatoriais. (AU)