Resumo
A histoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Histoplasma capsulatum (H. capsulatum), um fungo dimórfico, que se encontra distribuído amplamente ao redor do mundo, mas principalmente nas Américas, bem como partes da África e da Ásia. Em indivíduos imunocompetentes, a infecção pode ser limitada aos pulmões, mesmo após inalação de grande carga fúngica. No entanto, em imunossuprimidos, a infecção pode se tornar sistêmica, com disseminação do fungo para vários órgãos. O controle da doença está relacionado com resposta imune do padrão Th1 e produção de óxido nítrico (NO), sendo os macrófagos importantes células nesse processo e na contenção dos fungos. Neste contexto, leucotrienos são mediadores lipídicos, produzidos por macrófagos e outros leucócitos, e que contribuem para o aumento da fagocitose e controle do crescimento do fungo. A eritropoetina (EPO), um hormônio glicoprotéico, além de ser um sinalizador para a eritropoese, parece contribuir para ativação de macrófagos. Foi mostrado que macrófagos peritoneais e derivados de medula óssea apresentaram aumento na fagocitose de bactéria quando tratados com EPO. No entanto, seu papel na ativação de macrófagos em infecções fúngicas ainda não foi demonstrado. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é investigar se o tratamento de camundongos in vivo e de macrófagos alveolares in vitro com a eritropoetina interfere na produção de leucotrienos, nas funções efetoras dos macrófagos, e na ativação da resposta imune contra o H. capsulatum, favorecendo a resolução do quadro infeccioso causado por este fungo. (AU)
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