Superanimal, infra-humano: animalidade e gênero no surgimento da endocrinologia no Brasil

• Processo: 13/25558-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2014
• Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Nádia Farage
• Beneficiário: Giulia Bauab Levai
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Endocrinologia Sexualidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: animalidade | Endocrinologia | Gênero | Voronoff | Natureza e Cultura

Resumo

O propósito deste projeto de pesquisa é analisar as premissas que informam e entrecruzam os conceitos de animalidade, gênero e sexualidade, no estabelecimento da endocrinologia no Brasil, nas três primeiras décadas do século XX. Naquele período, em que tal nascente ciência procurava se estabelecer no campo científico, o debate relativo a seu método e sua finalidade chega à imprensa, registrando a reação do pensamento leigo e popular à mistura de substâncias entre seres humanos e animais, que a pesquisa endocrinológica promovia. Para tanto, focalizará um episódio controverso da história da medicina, registrado nos jornais brasileiros nas décadas de 1920 e 30 - o caso do médico Serge Voronoff, cirurgião russo, cujo nome é associado ao método de rejuvenescimento por meio do enxerto de glândulas de primatas em seres humanos, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A partir deste episódio significativo, pretende-se investigar no debate sobre as fronteiras entre humanidade e animalidade, as concepções e transformações conceituais relativas ao gênero, à reprodução, e à sexualidade humanas.

Publicações acadêmicas

(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)

LEVAI, Giulia Bauab. Superanimal, infra-humano: animalidade e gênero na leitura popular de práticas biomédicas na Primeira República. 2016. Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.