Uma genealogia da constituição do cidadão espectador de cinema (1888-1930)

• Processo: 15/18839-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2016
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Educação
• Pesquisador responsável: Julio Roberto Groppa Aquino
• Beneficiário: Fábio de Godoy Del Picchia Zanoni
• Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 17/02583-4 - Uma genealogia da constituição do cidadão espectador de cinema, BE.EP.PD
• Assunto(s): História da educação Michel Foucault Educação não formal Cinema
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cinema | educação não formal | Michel Foucault | Ócio | História da Educação

Resumo

O projeto de pós-doutorado que ora se apresenta visa operar, na esteira das teorizações foucaultianas, um olhar analítico sobre a constituição ético-política do espectador de cinema no Brasil, por meio de uma análise de cunho genealógico das relações entre a polícia e a contenção da vadiagem, no arco temporal que vai de 1888 a 1930. Mais especificamente, trata-se de perspectivar a emergência do cinema como estratégia de educação não formal no interior da qual o cidadão/espectador foi forjado como correlato dos dispositivos de segurança fabricados e disseminados com vistas à regulação da conduta de determinados segmentos populacionais tidos como desviantes. Isso significa que o espectador de cinema não será desenhado como matriz de sentido da experiência que deveria usufruir diante dos objetos fílmicos. Ao contrário. O que está em jogo é o esforço de levar a cabo uma abordagem da constituição do espectador a partir de uma mirada histórica dos mecanismos de governo de si e dos outros aí implicados. A partir de tal gesto analítico, procura-se ganhar distância relativamente a uma história interna do cinema, pondo em evidência os vetores de força excêntricos à autocompreensão do ato de assistir ao cinema na contemporaneidade, na esperança de o espectador poder ser, desta feita, compreendido como objeto resultante de intrincados processos extracinematográficos.