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As avaliações do mentir pró-social em crianças brasileiras: a influência do contexto social e das consequências do mentir

Processo: 16/23947-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2017
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2018
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Acordo de Cooperação: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pesquisador responsável:Débora de Hollanda Souza
Beneficiário:Daiane Araujo de Arruda
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Crianças   Cultura (sociologia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:crianças | cultura | Mentira pró-social | Desenvolvimento Sociocognitivo

Resumo

A mentira que tem por objetivo a aceitação social é chamada de mentira pró-social. Ela serve para evitar constrangimentos, para preservar a privacidade e os vínculos afetivos. Estudos transculturais recentes têm revelado efeitos significativos de cultura na mentira pró-social em crianças, no entanto, até o presente momento, não há registro de pesquisas nacionais investigando esse tema. Nessa direção, o objetivo do presente projeto de Mestrado é investigar o modo como crianças brasileiras de 7, 9 e 11 anos de idade avaliam a escolha entre mentir pró-socialmente ou dizer a verdade. Para tanto, o projeto propõe uma replicação de um estudo feito com crianças chinesas. Dois experimentos serão conduzidos, sendo que 50 crianças, de três diferentes grupos de idade (7, 9 e 11 anos), participarão em cada um dos experimentos (N = 100). Em ambos os experimentos, os participantes ouvirão histórias, sendo que, em metade delas, o personagem principal faz uma escolha entre mentir pró-socialmente e dizer a verdade, enquanto na outra metade das histórias, há uma situação que envolve uma tomada de decisão, por parte do personagem, entre mentir ou dizer a verdade, sem demanda de comportamento pró-social. Após ouvirem cada história, as crianças terão que avaliar o quanto o comportamento do personagem foi bom ou ruim. No experimento 1, os participantes ouvirão oito histórias, quatro ocorrendo em um ambiente público e quatro ocorrendo em um ambiente privado, sendo possível analisar se as crianças levam em consideração o ambiente ou contexto social para avaliarem o comportamento dos personagens. Já no Experimento 2, as crianças ouvirão quatro histórias, sendo que em duas delas, a escolha do personagem pode trazer uma consequência importante para o outro no futuro, e nas outras duas, apenas para o presente momento. De acordo com os resultados, as crianças chinesas mais velhas (11 anos) levam mais em consideração o ambiente quando avaliam uma escolha entre mentir pró-socialmente e dizer a verdade, além de darem mais importância às consequências sociais a longo prazo do que as mais novas. É esperado que ambas as variáveis também sejam importantes para a avaliação das crianças brasileiras sobre o mentir pró-social, no entanto, como vem sendo demonstrado na literatura, possíveis diferenças culturais podem contribuir para um padrão próprio de avaliação nas crianças brasileiras. (AU)

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