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O veneno de Bothrops jararaca e a falência renal: bases moleculares da citotoxicidade em células mesangiais e do efeito sinérgico de produtos de degradação de proteínas plasmáticas.

Processo: 22/07209-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
Data de Término da vigência: 31 de março de 2024
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica
Pesquisador responsável:Solange Maria de Toledo Serrano
Beneficiário:Jorge da Cruz Moschem
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07467-1 - CeTICS - Centro de Toxinas, Imuno-Resposta e Sinalização Celular, AP.CEPID
Assunto(s):Peptídeo hidrolases   Proteoma   Secretoma   Venenos de serpentes   Proteômica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:células em cultura | imunoflourescência | proteinases | Proteoma | Secretoma | veneno de serpente | Proteômica

Resumo

No Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por mais de 90% dos casos de acidentes ofídicos, nos quais os quadros clínicos apresentados após a picada incluem efeitos locais a sistêmicos, sendo comum a presença de edema, hemorragia, necrose, coagulopatia severa, e falência renal. Dessa forma, para compreender melhor os mecanismos de toxicidade, sobretudo nos rins, o objetivo geral do presente projeto é analisar os efeitos do veneno da Bothrops jararaca em células mesangiais de glomérulo renal murino (linhagem SV40 MES 13), para explorar a participação destas na falência renal observada em casos de envenenamento. Além disso, pretende-se avaliar se existe um efeito sinérgico entre as toxinas do veneno e os produtos da degradação de proteínas plasmáticas pelas enzimas proteolíticas do veneno, e o papel de resíduos de ácido siálico em toxinas (glicoproteínas) envolvidas nos efeitos patológicos renais. Para tanto, os seguintes objetivos específicos são propostos: I. Avaliar a viabilidade celular após a exposição ao veneno nativo; II. Avaliar a capacidade de proliferação das células em resposta à exposição ao veneno nativo, em concentração sub-citotóxica; III. No caso de diminuição da viabilidade e proliferação celulares, caracterizar o tipo de morte celular induzida pelo veneno nativo; IV. Caracterizar as alterações morfológicas das células renais expostas ao veneno nativo, por microscopia de luz e imunofluorescência; V. Analisar o secretoma de células incubadas com o veneno nativo, ou com o veneno após a remoção enzimática de ácido siálico (dessialilado), ou com o veneno nativo na presença de peptídeos gerados a partir da incubação do plasma com o veneno, por espectrometria de massas (proteínas e peptídeos). Ao explorar os efeitos de um veneno sobre células renais, utilizando métodos moleculares quantitativos aliados à imunocoloração, este estudo contribuirá para a compreensão da resposta tecidual renal a uma mistura complexa de toxinas (veneno), mapeando as vias de sinalização envolvidas nesta resposta. Ainda, o pouco estudado efeito sinérgico de produtos de degradação de proteínas plasmáticas gerados por um veneno rico em proteases, como é o caso da B. jararaca, poderá lançar luz sobre a atuação em concerto de toxinas na geração da patologia local e sistêmica do envenenamento.

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