Estudo da possível função da maquinaria autofágica na montagem e externalização do vírus Oropouche.

• Processo: 24/09772-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
• Pesquisador responsável: Luis Lamberti Pinto da Silva
• Beneficiário: Kristel Irma Gutierrez Manchay
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Interações vírus-célula Montagem de vírus Sinalização intracelular
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Interação vírus-célula | Montagem de Vírus | Sistema de endomembranas | tráfego intracelular | virus Oropuche | interação virus-celula

Resumo

Os membros da família Peribunyaviridae do gênero Orthobunyavirus são agentes causadores de várias doenças em humanos, incluindo a febre Oropouche causada pelo vírus Oropouche (OROV), o qual possui significativa importância epidemiológica no Brasil e em outros países da América Central e do Sul, como Colômbia, Bolívia, Panamá e Peru. OROV foi identificado como um vírus neurotrópico, enfatizando a relevância do estudo do processo infeccioso. A compreensão sobre a biologia celular dos Orthobunyavirus, especialmente sobre os mecanismos de montagem e saída das partículas virais e suas estratégias de evasão da resposta antiviral do hospedeiro ainda é limitada. Estudos recentes em outras famílias da ordem Bunyavirales (família Hantaviridae e Phenuiviridae) demostraram que a indução da via autofágica da célula hospedeira pode favorecer a replicação viral. Embora, a via autofágica possa atuar como uma via antiviral, muitos vírus de RNA evoluíram para antagonizar esta resposta celular antiviral e induzir o acúmulo de membranas autofágicas como suportes para complexos de replicação viral e/ou para facilitar a liberação de partículas virais. Nossos resultados preliminares mostram que células humanas infectadas com OROV apresentam indução do fluxo autofágico, e que elementos da maquinaria autofágica são necessários para sua eficiente replicação. Além disso, foi observado que as células infectadas com OROV secretam proteínas relacionadas à via de autofagia secretória. Esses resultados poderiam indicar que a via autofágica é subvertida pelo OROV para produção e propagação viral eficiente. Baseado nessa hipótese, o objetivo do presente trabalho é analisar a relação entre a autofagia e a replicação do vírus Oropouche tendo como foco a sua possível função como facilitadora de processos de montagem e externalização viral.