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Análise integrada da heterogeneidade do sistema mononuclear fagocitário por meio de citometria espectral de alta dimensão e imageamento multifóton

Processo: 25/21148-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Sergio Costa Oliveira
Beneficiário:Ana Carolina Valente Santos Cruz de Araujo
Supervisor: Alexandre Boissonnas
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris-Est Créteil, França  
Vinculado à bolsa:23/09226-3 - Estudo dos mecanismos da imunidade treinada mediada pelo BCG em macrófagos e células dendríticas durante a infecção pela bactéria intracelular Brucella abortus, BP.PD
Assunto(s):Células dendríticas   Imunidade inata   Macrófagos   Microscopia intravital
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:células dendríticas | Citometria espectral | imunidade inata | Macrófagos | Microscopia intravital | Sistema Mononuclear Fagocitário | Imunidade inata

Resumo

O sistema fagocitário mononuclear (MPS) desempenha um papel crucial na manutenção da homeostase pulmonar e orquestra respostas imunes frente a desafios ambientais. No pulmão, os subtipos de MPS, incluindo macrófagos alveolares e intersticiais, bem como monócitos clássicos e não clássicos, formam redes especializadas que regulam a vigilância imune e determinam o desfecho frente a insultos infecciosos. O Mycobacterium bovis bacilo de Calmette-Guérin (BCG), a única vacina licenciada contra a tuberculose, tem sido demonstrado como indutor de imunidade treinada e confere proteção heteróloga contra patógenos respiratórios não relacionados. De maneira importante, nós demonstramos que a vacinação com BCG protege contra a infecção intranasal por Brucella abortus, agente etiológico da brucelose, uma doença zoonótica de grande impacto na saúde humana e animal. Dessa forma, compreender como os subconjuntos do MPS no pulmão passam por reprogramação funcional e metabólica durante a imunidade treinada é central para o avanço de estratégias imunológicas direcionadas ao hospedeiro contra infecções respiratórias.Nesse sentido, o meu estágio de pesquisa no laboratório do Prof. Alexandre Boissonnas, no Institut Mondor de Recherche Biomédicale (IMRB, Créteil, França), utilizará citometria espectral de alta dimensão para definir a heterogeneidade e o remodelamento imunofenotípico dos subtipos de MPS, com foco particular em seu estado metabólico, um determinante central da função e plasticidade das células imunes. Em paralelo, o imageamento intravital por multifóton será empregado para rastrear a localização e as interações dinâmicas dessas células com a vasculatura pulmonar, as vias aéreas e os compartimentos intersticiais. Essas abordagens serão aplicadas para investigar como a exposição aguda à fumaça de cigarro (CS), um insulto ambiental relevante que perturba a imunidade pulmonar, remodela o comportamento, o metabolismo e a dinâmica do MPS. O modelo de CS é atualmente utilizado pelo professor anfitrião para avaliar a heterogeneidade do MPS. Em conjunto, essas estratégias gerarão uma visão detalhada e integrada do MPS pulmonar sob estresse ambiental agudo, conectando o remodelamento metabólico a alterações espaciais e funcionais.A expertise adquirida por meio deste estágio representará um ganho significativo para a ciência brasileira. Ao integrar treinamento avançado em tecnologias de célula única, metabolismo e imagem intravital, o projeto contribuirá para o estudo de monócitos, macrófagos e células dendríticas no contexto da imunidade treinada no Brasil. A aplicação das metodologias desenvolvidas durante este estágio ao microambiente pulmonar permitirá dissecar os mecanismos pelos quais a imunidade treinada induzida pelo BCG remodela a função, o metabolismo e a dinâmica dos subconjuntos do MPS, tanto antes como após a infecção intranasal por B. abortus. Essa transferência de conhecimento fortalecerá a capacidade nacional de pesquisa, promoverá a colaboração internacional e apoiará o desenvolvimento de abordagens inovadoras com potencial translacional em imunologia.

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