Jorge andrade: teatro, cafe e lagrimas.

• Processo: 06/53278-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2007
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
• Pesquisador responsável: Antônio Donizeti Pires
• Beneficiário: João Francisco Pereira Nunes Junqueira
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Literatura e história Teatro moderno
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Analise Literaria | Literatura Brasileira | Literatura E Historia | Teatro Moderno

Resumo

Dentro do panorama do teatro brasileiro moderno, Jorge Andrade (1922 - 1984), aborda em seu universo literário o próprio passado familiar e os conflitos no seio deste núcleo. Contudo, em sua principal obra, Marta, a árvore e o relógio, conjunto de dez peças distribuídas em três ciclos principais (cafeeiro, do ouro e da industrialização), Jorge Andrade expande esse núcleo familiar e atinge um universo histórico-social complexo, marcado por radicais transformações. A monumentalidade de sua obra pode ser comparada com os ciclos do açúcar (José Lins do Rego) e do cacau (Jorge Amado e Adonias Filho) do Nordeste brasileiro. Além disso, suas peças recorrem a técnicas do teatro épico (Brecht e, especialmente, Arthur Miller), tais como o posicionamento político, a consciência histórico-social, o uso de planos temporais nos quais o tempo navega do presente ao passado sempre a buscar um futuro não propriamente novo, mas sim com a nostálgica intenção de reviver e resgatar o passado. Por outro lado, por ser elaborado de modo complexo, o teatro literário de Jorge Andrade parece dirigir-se mais à leitura do que propriamente à encenação. (AU)