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Efeito da administração intermitente de hPTH(1-34) nos estágios iniciais de reparo alveolar após exodontia de molares de ratos

Texto completo
Autor(es):
Juliana dos Santos Neves
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Duarte Novaes; Maria Luiza Ozores Polacow; Adriana Fernandes da Silva; Karina Gonzales Silverio; Marcelo Rocha Marques
Orientador: Pedro Duarte Novaes; Cristiane Ribeiro Salmon
Resumo

A administração intermitente do hormônio paratireóideo (PTH) promove um aumento da massa óssea, sendo atualmente utilizado no tratamento de osteoporose. Entretanto, poucos estudos têm avaliado os efeitos do PTH sobre o metabolismo do osso alveolar, e mais especificamente, no processo de reparo desta estrutura, podendo este surtir um efeito favorável na cicatrização da ferida alveolar. Considerando-se que o padrão de cicatrização da ferida do alvéolo de molares de ratos é similar ao de humanos e a sua relevância clínica, este estudo teve como objetivo analisar o efeito da administração intermitente do PTH sobre o reparo alveolar após exodontia de molares de ratos. Ratas Wistar de 200g tiveram seus primeiros molares inferiores extraídos e receberam injeções subcutâneas de 40 ?g/kg de hPTH(1-34) (grupo PTH) ou solução veículo (grupo controle) em dias intemitentes após a exodontia. Os animais foram sacrificados aos 3, 5, 7 e 11 dias após a cirurgia. Análises histomorfométricas do volume de osso recém-formado, número de osteoblastos e osteoclastos TRAP-positivos foram realizadas em cortes histológicos seriados. O Ligante do receptor ativador do fator nuclear ?? (RANKL), Sialoproteína óssea (BSP) e Osteopontina (OPN) foram localizadas no alvéolo em cicatrização por imunohistoquímica. A expressão dos genes de Colágeno 1 (Col1?1), Fosfatase alcalina (Alp), Fator de crescimento insulínico (Igf-1), Osteocalcina (Ocn), Bsp, Opn, Osteoprotegerina (Opg) e Rankl, foi analisada por qRT-PCR. A presença de osso recém-formado foi notada em alvéolos a partir de 5 dias de reparo em ambos os grupos. O volume de osso recém-formado foi significativamente maior no grupo PTH nos períodos de 5, 7 e 11 dias (p<0.05), acompanhado de um número maior de osteoblastos aos 5 dias de reparo (p<0.05). No grupo controle houve um aumento gradual na expressão de todos os genes estudados, com exceção de OPN, nos períodos após a cirurgia. De um modo geral, a expressão de Col1?1, Alp, Igf-1 e Ocn foi maior no grupo PTH nos períodos iniciais, seguido por um decréscimo significativo aos 7 dias de reparo comparado ao grupo controle. A expressão de Bsp foi similar em ambos os grupos, enquanto a expressão de Opn foi menor vi no grupo PTH aos 7 e 11 dias de reparo, com estas proteínas apresentando a mesma distribuição nas trabéculas ósseas em formação no interior do alvéolo. O número de osteoclastos TRAP-positivos foi similar em ambos os grupos em todos os períodos avaliados, assim como o padrão de marcação para RANKL. Entretanto, a razão dos genes Rankl:Opg foi maior no grupo PTH aos 11 dias de reparo, sugerindo que o PTH pode favorecer a osteoclastogênese a partir deste período. Conclui-se que o tratamento intermitente com hPTH (1-34) teve um efeito anabólico sobre o processo de reparo do osso alveolar de forma pontual aos 5 dias, estimulando o aumento no número de osteoblastos e da expressão de genes relacionados a diferenciação e produção de matriz por estas células, causando consequentemente, um aumento no volume de osso recém-formado no interior do alvéolo (AU)

Processo FAPESP: 08/05212-8 - EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO INTERMITENTE DE hPTH(1-34) NO PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR DE MOLARES DE RATOS.
Beneficiário:Juliana dos Santos Neves
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado