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Desenvolvimento de formulações anestesicas locais de longa duração

Texto completo
Autor(es):
Luciana de Matos Alves Pinto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Eneida de Paula; Gloria Maria Braga Poterio; Maria Edwiges Hoffman; Maria Helena Andrade Santana; Sonia Valeria Pinheiro Malheiros Marques Fernandes
Orientador: Eneida de Paula
Resumo

A dor crônica ou aguda pode ser controlada utilizando-se anestésicos locais (AL), substâncias que agem ao longo dos axônios impedindo a transmissão do estímulo nervoso. Os AL são moléculas anfifílicas e por isso seu mecanismo de ação é modulado por interações com a bicamada lipídica, além de com a proteína canal de sódio voltagem-dependente dos axônios. Muitos AL utilizados clinicamente apresentam toxicidade que é proporcional a potência, sendo um grande desafio o desenvolvimento de medicamentos mais potentes e menos tóxicos. A modificação da molécula anestésica por síntese química é uma alternativa interessante, mas hoje em dia muitos trabalhos estão voltados para o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada de drogas. A adição em veículos viscosos, encapsulação em lipossomas ou microesferas e a complexação em ciclodextrinas são exemplos promissores da tecnologia desenvolvida atualmente no sentido de minimizar fatores de risco para os pacientes, além de aumentar a potência medicamentosa, diminuindo a freqüência de aplicação do medicamento. Este trabalho teve como objetivo principal o desenvolvimento de formulações anestésicas locais de longa duração, com Benzocaina (BZC) encapsulada em lipossomas ou complexada com r3-ciclodextrina e o preparo e caracterização de formulações similares de Bupivacaina (BVC) e Lidocaina (LDC) visando a redução da toxicidade dos ALs e prolongamento da duração da anestesia através da liberação controlada dos fármacos. Foram realizados testes de caracterização físico-química quanto à estabilidade e eficácia, além de testes de citotoxicidade in vitro, comparando-se com formulações convencionais. Os anestésicos também foram comparados entre si e em relação aos veículos utilizados. No caso da Benzocaína, a formulação em ciclodextrina mostrou-se menos tóxica em ensaios in vitro além de levar a um aumento significativo da solubilidade aquosa do AL, permitindo sua utilização por via i nfiltrativa , como os demais AL.Testes de toxicidade in vitro demonstraram que houve uma diminuição geral da toxicidade das formulações contendo LDC e BVC. Com isto, a formulação de LDC em lipossomas e a de BVC em ciclodextrina também são promissoras quanto à diminuição da toxicidade e aumento do tempo de ação de anestesia (AU)

Processo FAPESP: 98/15936-0 - Preparação e caracterização de formulações anestésicas de longa duração
Beneficiário:Luciana de Matos Alves Pinto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado