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Relação entre a proteína transportadora de ácidos graxos tipo 4 e a biologia de vacúolos macrofágicos infectados com Leishmania

Texto completo
Autor(es):
Mariana Borges Costa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Danilo Ciccone Miguel; Fernanda Ramos Gadelha; Renato Ramos Massaro
Orientador: Danilo Ciccone Miguel
Resumo

A leishmaniose ainda representa um problema significativo para a saúde pública, sendo ainda bastante complexa do ponto de vista terapêutico, uma vez que os fármacos disponíveis no país são tóxicos e requerem em sua maioria administração parenteral. No hospedeiro vertebrado, os parasitos infectam principalmente macrófagos e permanecem em vacúolos parasitóforos como amastigotas, onde modulam o ambiente para garantir sua sobrevivência. Uma das estratégias de sobrevivência é a tomada de nutrientes do hospedeiro, por ex. ácidos graxos, para incorporação em rotas biossintéticas do parasito. Estudos demonstraram que as proteínas ligantes de ácidos graxos (FABPs) transportam ácidos graxos para diversos compartimentos celulares e a proteína FABP do tipo 4 (FABP4) é abundante em macrófagos e atua no controle da disponibilidade de mediadores lipídicos e ácidos graxos no citosol. Como os parasitos dependem metabolicamente dessas moléculas, essa proteína pode exercer influência no estabelecimento/sucesso da infecção. Foram realizados então experimentos de infecção de macrófagos com L. (L.) amazonensis e L. (V.) braziliensis. A medida da área dos vacúolos parasitóforos formados revelaram-se diminuídos mediante o tratamento com inibidor específico de FABP4 para as diferentes espécies estudadas. Além disso, fotomicrografias obtidas revelaram a presença de diversos vacúolos de infecções com L. (L.) amazonensis vazios para o grupo tratado. Dado este que sugere que o ambiente vacuolar não estava propício para a manutenção do parasito em seu interior. Quanto à localização da proteína, esta apresentou-se dispersa pelo citosol e de forma abundante na região nuclear em macrófagos não infectados. Porém, logo após 1 hora de infecção a proteína passou a colocalizar com os parasitos de ambas as espécies estudadas e, após 48 e 72 horas, a proteína deixa de ser abundante na região nuclear e passa a ser mais difusa por toda a célula. Análise de níveis de transcritos e abundância proteica também revelaram um aumento da proteína mediante a infecção. Contudo, na presença do inibidor, apenas L. (V.) braziliensis foi capaz de modular um aumento compensatório de transcritos de fabp4, dado não observado para L. (L.) amazonensis. Portanto, como espécies de Leishmania precisam de ácidos graxos para sua sobrevivência e a FABP4 é uma proteína transportadora de ácidos graxos é plausível que o parasito recrute esta proteína para aquisição dessas moléculas (AU)

Processo FAPESP: 18/07306-1 - Relação entre proteína ligante de ácidos graxos tipo 4 e a biologia de vacúolos macrofágicos infectados com Leishmania
Beneficiário:Mariana Borges Costa Brioschi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado