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Análise proteômica das mitocôndrias de fígados de ratos expostos à exposição crônica por fluoreto em dois períodos experimentais

Texto completo
Autor(es):
Tamara Teodoro Araújo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marilia Afonso Rabelo Buzalaf; José Roberto Bosqueiro; Rodrigo Cardoso de Oliveira; Fabiana Ferreira de Souza
Orientador: Marilia Afonso Rabelo Buzalaf
Resumo

O íon fluoreto (F), quando ingerido em excesso, pode alterar várias funções celulares. Como o fígado é um órgão de alta atividade metabólica, tornou-se alvo de investigações sobre os efeitos colaterais do F, relacionados a alterações na expressão de proteínas metabólicas, aumento do estresse oxidativo e alterações na função mitocondrial. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil de expressão proteica de mitocôndrias hepáticas de ratos expostos cronicamente a duas concentrações de F na água de beber (15 ou 50 mgF / L) por 20 ou 60 dias. Trinta e seis amostras de fígado de ratos Wistar machos com 21 dias de idade foram divididos em 6 grupos (n= 6 animais por grupo) de acordo com a concentração de F administrada em água potável (0, 15 ou 50 mg / L) e o tratamento tempo (20 ou 60 dias). As mitocôndrias foram extraídas do tecido hepático e preparadas para análise proteômica quantitativa sem marcadores (Xevo Q-TOF, Waters). O software PLGS foi utilizado para detectar mudanças na expressão de proteínas entre os diferentes grupos. A maioria das alterações foi observada nas vias metabólicas como glicólise, gliconeogênese, -oxidação, ciclo da ureia, ciclo dos ácidos tricarboxílicos e cadeia de transporte de elétrons, além de alterações nas proteínas envolvidas no sistema antioxidante e homeostase do cálcio. A dose de 15 mgF/L, quando administrada por 20 dias, reduziu a glicólise, que foi contrabalançada pelo aumento de outras vias energéticas. Aos 60 dias, no entanto, um aumento em todas as vias de energia foi observado. Por outro lado, a dose de 50 mgF/L, quando administrada por 20 dias, reduziu as enzimas envolvidas em todas as vias energéticas, indicando menor taxa de produção de energia, com menor geração de ROS e consequente redução de enzimas antioxidantes. No entanto, quando a dose de 50 mgF/L foi administrada por 60 dias, observou-se um aumento no metabolismo energético, mas, em geral, não foram observadas alterações nas enzimas antioxidantes. Com exceção do grupo tratado com 50 mgF/L por 20 dias, todos os demais grupos apresentaram alterações nas proteínas na tentativa de manter a homeostase do cálcio e evitar a apoptose. Assim, os resultados sugerem que o organismo parece se adaptar aos efeitos do F ao longo do tempo, ativando vias para reduzir a toxicidade desse íon. Em última análise, nossos achados corroboram com a segurança do uso do flúor no controle da cárie. (AU)

Processo FAPESP: 16/23414-3 - Análise proteômica das mitocôndrias de fígados de ratos expostos à exposição crônica por fluoreto em dois períodos experimentais
Beneficiário:Tamara Teodoro Araujo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado