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O uso da atorvastatina é seguro em pacientes com miopatias autoimunes sistêmicas?: estudo prospectivo, duplo cego, randomizado e controlado

Texto completo
Autor(es):
Isabela Bruna Pires Borges
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Samuel Katsuyuki Shinjo; Eduardo Ferreira Borba Neto; Fernando Henrique Carlos de Souza; Dawton Yukito Torigoe
Orientador: Samuel Katsuyuki Shinjo
Resumo

Objetivo: O uso de drogas hipolipemiantes, como as estatinas, no tratamento da dislipidemia em pacientes com miopatias autoimunes sistêmicas (MAS) é comprometido pela baixa qualidade das evidências de relatos de casos e por um estudo retrospectivo. Portanto, avaliamos em um estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, o impacto da atorvastatina em pacientes com MAS na mialgia e outros efeitos colaterais, perfil lipídico e status da doença. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado, no qual 24 pacientes com MAS e dislipidemia foram avaliados entre 2017 e 2019. Os pacientes foram randomizados (2:1) em dois grupos: atorvastatina e placebo. Todos os pacientes foram avaliados no início e na 12ª semana para os seguintes parâmetros do International Myositis Assessment & Clinical Studies Groups (IMACS). Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 49,0±10,0 anos, sendo 75% do sexo feminino, com mediano de tempo de doença de 5,5 (3,3-11,8) anos. Todos os pacientes apresentavam os valores de IMACS próximos da normalidade. No início do estudo, os dados demográficos, status das doenças, esquema terapêutico, comorbidades cardiovasculares e seus fatores de risco foram comparáveis entre os grupos atorvastatina e placebo (P > 0,05). Após 12 semanas de seguimento, ao comparar o grupo atorvastatina com placebo, foi observada uma redução dos níveis de LDL-colesterol: 95,5 (79,3-134,5) vs. 135,0 (123,0-174,6) mg/dL, respectivamente, P=0,011. Em relação às outras variáveis avaliadas, não houve diferença estatística (P > 0,05). Durante o estudo, não houve intercorrências clínicas relevantes. Conclusões: O uso da atorvastatina foi seguro e eficaz nos pacientes estáveis com MAS e com dislipidemia. Estudos adicionais, com casuística maior e pacientes com diferentes níveis de atividade de doença, são necessários para corroborar com os dados do presente estudo (AU)

Processo FAPESP: 16/20371-1 - Efeito do uso de hipolipemiantes na função endotelial e na rigidez vascular de pacientes com dermatomiosite e polimiosite: estudo prospectivo, duplo cego, randomizado e controlado
Beneficiário:Isabela Bruna Pires Borges
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado