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Estudo da participação do inflamassoma NLRP3 na resposta inflamatória induzida pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis

Texto completo
Autor(es):
Lívia Furquim de Castro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Ronei Luciano Mamoni; Luciane Alarcão Dias Melício; Selma Giorgio
Orientador: Ronei Luciano Mamoni
Resumo

Diversos estudos demonstram que a resposta inflamatória é de extrema importância para o controle da Paracoccidioidomicose (PCM). Essa resposta inflamatória é iniciada pelo reconhecimento das células fúngicas por receptores expressos por células do sistema imunológico inato. Dentre esses receptores, o NLRP3 foi associado com o reconhecimento de fungos patogênicos em modelos experimentais, atuando em conjunto com o TLR2 e a dectina-1. O NLRP3 atua na formação de um complexo multiproteico denominado inflamassoma, o qual ativa a caspase-1, que é responsável pela produção das formas ativas de duas importantes citocinas inflamatórias: a IL-1? e a IL-18. Esse estudo teve por objetivo investigar o envolvimento do NLRP3 na ativação da resposta inflamatória de macrófagos e células dendríticas humanas (DCs) derivadas de monócitos em resposta ao Paracoccidioides brasiliensis (Pb), além de avaliar a participação do NLRP3 na indução da resposta imunológica adaptativa. Nossos resultados demonstraram que células de lesões de pacientes com PCM (mucosa oral ou linfonodos) apresentam produção de IL-1beta, IL-18 e IL-37 e que macrófagos dessas lesões são positivos para Caspase-1 e NLRP3. Também fomos capazes de demonstrar que o reconhecimento de células leveduriformes por DCs e macrófagos humanos leva à ativação do inflamassoma NLRP3 e consequente produção de IL-1 e IL-18. Esse reconhecimento envolve a participação de receptores de superfície (TLR2 e Dectina-1), sendo que a produção dessas citocinas é dependente da sinalização via dectina-1 e fosforilação da proteína Syk. Além disso, observamos que a ativação do inflamassoma NLRP3, após o reconhecimento do fungo, envolve como principais mecanismos a produção de ROS e o efluxo de K+. Nossos dados também demonstraram que o inflamassoma NLRP3 é essencial para a diferenciação de células Th17 e Th1 e que sua inibição leva à um aumento de células Th2 e Treg. Em conjunto nossos dados indicam que a ativação do NLRP3 desempenha um papel importante, tanto na indução de uma resposta inflamatória inicial, quanto no desenvolvimento de uma resposta adquirida que pode ser associada à resistência à infecção pelo P. brasiliensis (AU)

Processo FAPESP: 13/03673-6 - Estudo da participação do inflamassoma NLRP3 na resposta inflamatória induzida pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis
Beneficiário:Lívia Furquim de Castro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado