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Avaliação da autofagia hipotalâmica em resposta ao tratamento com ácido graxo in vitro e in vivo: relação com vias inflamatórias = Neuronal autophagy modulation in response to fatty acids in vitro and in vivo : relationship with inflammatory pathways

Texto completo
Autor(es):
Andressa Reginato
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Aplicadas
Data de defesa:
Membros da banca:
Marciane Milanski; Augusto Ducati Luchessi; Fernando Moreira Simabuco; Karina Thieme; Márcia Queiroz Latorraca
Orientador: Marciane Milanski; Adriana Souza Torsoni
Resumo

A autofagia é um processo de degradação lisossomal que mantém a viabilidade celular ao degradar, por exemplo, organelas senescentes e agregados proteicos. Alterações na atividade da autofagia parecem romper a homeostasia no controle do balanço energético hipotalâmico bem como prejuízo à atividade neuronal. Neste trabalho, o nosso objetivo foi investigar a relação entre lipídeos e modulação de autofagia neuronal. Para tanto, inicialmente utilizamos modelo de exposição aguda a dieta hiperlipídica (HFD) durante 1 e 3 dias. Nessas condições encontramos que a dieta é capaz de alterar parâmetros metabólicos e inflamatórios dos camundongos, associados a alterações na expressão gênica de marcadores de autofagia no tecido hipotalâmico. Apesar disso, a atividade global de autofagia parece estar preservada, visto que não foi possível observar diferença estatística no conteúdo proteico de importantes marcadores do processo em relação ao controle. Avaliamos também o efeito do uso intracerebroventricular (i.c.v) de palmitato (PA), importante ácido graxo saturado. Novamente, encontramos apenas alterações na expressão gênica dos marcadores de autofagia. Finalmente, em cultura de neurônios hipotalâmicos imortalizados que expressam Npy/AgRP, encontramos que o PA caracterizou-se como importante indutor da atividade de autofagia, associado a perturbações na viabilidade celular. Interessantemente, não houve indução no processo autofágico quando utilizamos uma mistura de ácidos graxos contendo representantes saturados e insaturados. Além disso, o ácido graxo palmitoleico (PO), importante ácido graxo insaturado que possui o mesmo número de carbonos do que o palmitato, foi capaz de diminuir a atividade de autofagia nos neurônios. Ao realizar um co-tratamento entre PA combinado com PO, encontramos que a autofagia induzida em resposta ao PA foi atenuada. O mesmo efeito foi encontrado quando realizamos o pré-tratamento com a droga miriocina, importante inibidor da síntese de de novo ceramidas. Avaliamos também a influência da via de TLR4 na indução de autofagia em resposta ao PA por meio do bloqueio do receptor pelo uso da droga TAK242. Encontramos que nessas condições o PA permaneceu induzindo a autofagia, independente do uso ou não da droga. Assim, concluímos nesse projeto que o grau de saturação da cadeia de ácidos graxos parece ser responsável por diferentes perfis de modulação de autofagia neuronal, sendo que a síntese de de novo ceramidas parece ser importante alvo promissor relacionado a ativação de autofagia em resposta ao palmitato. O estabelecimento da relação entre lipídios dietéticos e modulação de autofagia em neurônios que controlam a ingestão alimentar pode representar importante passo na identificação de alvos terapêuticos para o controle da obesidade, importante problema de saúde pública da atualidade (AU)

Processo FAPESP: 15/25710-6 - Avaliação de autofagia hipotalâmica em resposta ao tratamento com ácido graxo saturado in vitro e in vivo: relação com vias inflamatórias.
Beneficiário:Andressa Reginato
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado