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Análise espacial da distribuição das taxas de incidência de dengue e relação com possíveis fontes de risco no município de Campinas-SP

Texto completo
Autor(es):
Jéssica Andretta Mendes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcos César Ferreira; Ligia Vizeu Barrozo; Aline Pascoalino; Sandra Maria Fonseca da Costa; Daniel Hideki Bando
Orientador: Marcos César Ferreira
Resumo

A principal medida preventiva contra epidemias de dengue é o controle do surgimento e desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Entre as diversas ações preventivas e mitigadoras adotadas pelas prefeituras municipais, está a criação do cadastro de Pontos Estratégicos e Imóveis Especiais (PE-IE). Estes locais apresentam alta concentração de materiais preferenciais para a desova da fêmea do mosquito Aedes aegypti, ou, por serem relevantes para a disseminação do vírus da dengue. O objetivo desta pesquisa é avaliar a influência dos PE-IE na taxa de incidência de dengue em suas proximidades. A pesquisa foi realizada no município de Campinas-SP, utilizando-se dados epidemiológicos do período de 2013 a 2016. A taxa de incidência foi estimada nos setores censitários e em células da grade estatística do Censo Nacional do IBGE de 2010. Foram analisadas a estrutura espacial dos dados epidemiológicos, por meio do índice de autocorrelação espacial de Moran e, também, identificadas as áreas com maior densidade espacial de casos, utilizando-se o método de densidade espacial kernel. O método de estatística espacial Scan foi empregado para identificar áreas com risco elevado de dengue. Foram traçadas faixas de distâncias, medidas a partir dos pontos de localização dos PE-IE, em intervalos crescentes de distância, até o limite máximo de 1.000 m. Em seguida, a taxa média de incidência de dengue foi calculada em cada faixa de distância de 100 m. O mesmo procedimento foi aplicado para pontos de controle distribuídos aleatoriamente no município, e não coincidentes espacialmente com os PE-IE. A taxa média de incidência por intervalo de 100 m foi analisada por meio de gráficos e técnicas de regressão linear e não linear de Boltzmann, e, posteriormente, foi avaliado o nível de significância. Os resultados mostraram que as taxas de incidência de dengue apresentaram arranjo espacial aglomerado, indicando dependência espacial dos dados. A localização dos aglomerados de altas taxas de incidência variou ao longo do período estudado. Aglomerados localizados nas áreas de abrangência dos distritos de saúde norte, noroeste e sudoeste do município persistiram ao longo do tempo, enquanto os localizados nas áreas de abrangência dos distritos de saúde localizados nas regiões sul e leste do município apresentaram intermitência. Os resultados mostraram que, quanto maior a proximidade aos PE-IE, maiores foram as taxas médias de incidência de dengue. O mesmo padrão não foi verificado para os pontos de controle distribuídos aleatoriamente (AU)

Processo FAPESP: 17/19446-0 - Influência da proximidade a pontos estratégicos e imóveis especiais urbanos na incidência de Dengue no município de Campinas–SP
Beneficiário:Jessica Andretta Mendes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado