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Avaliação da percepção e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) por profissionais de saúde durante a pandemia de SARS-CoV-2.

Texto completo
Autor(es):
Kerstin Muner
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Ana Marcia de Sá Guimarães; Marcos Amaku; Danielle Bruna Leal de Oliveira Durigon; Caroline Lopes Ciofi Silva
Orientador: Ana Marcia de Sá Guimarães; Andrea Pires dos Santos
Resumo

A COVID-19 (do inglês, coronavirus disease 19), doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 (coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2), tem se espalhado pelo mundo com números alarmantes de casos e óbitos. Por estarem na linha de frente no combate à pandemia, muitos profissionais de saúde adoeceram ou vieram a óbito devido ao novo coronavírus. Tratando-se de uma doença nova de transmissão respiratória, em que tratamentos efetivos ainda não estão disponíveis, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) é essencial. Assim, em abril de 2020, a plataforma EPISaúde (https://www.episaude.org/) foi criada por especialistas em biossegurança com o objetivo de trazer informação de qualidade, por meio de textos, vídeos e infográficos, sobre o correto uso, manutenção e descarte dos EPIs para profissionais de saúde. Juntamente com a plataforma, foi disponibilizado um questionário com 41 perguntas que tinha como objetivo avaliar a percepção e uso de EPIs por profissionais de saúde brasileiros, no início da pandemia de SARS-CoV-2, por meio de perguntas objetivas e análise de conteúdo de depoimentos e dúvidas enviadas à plataforma EPISaúde. Um total de 1.410 questionários foram analisados, sendo que as respostas foram comparadas entre profissionais de saúde que atendiam ou não atendiam pacientes com COVID-19, e análises de conteúdo do discurso destes profissionais em perguntas abertas foram realizadas. Além disso, foram criados modelos de regressão para a avaliação de possíveis fatores preditores da falta de treinamento, níveis de estresse, percepção de biossegurança no ambiente de trabalho, reutilização do respirador N95 e acesso a EPIs. Nossos resultados indicam a falta de preparo de profissionais e instituições de saúde na fase inicial da pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil. Embora instituições e profissionais de saúde tenham sofrido com a escassez de EPIs mundialmente, a reutilização de EPIs no Brasil não foi um evento pontual associado à pandemia de SARS-CoV-2, mas sim uma prática já instalada, assim como a falta de treinamento para o uso, manutenção e descarte de EPIs, e do teste de vedação do respirador N95. Todos estes fatores podem contribuir para o risco de infecção de profissionais de saúde em seus ambientes de trabalho. Este foi o primeiro estudo a incorporar análise de conteúdo como uma estratégia de abordar a percepção de profissionais de saúde sobre fatores relacionados ao uso de EPIs durante a pandemia de SARS-CoV-2 no Brasil. Vale ressaltar que esta pesquisa foi conduzida na primeira fase da pandemia no Brasil e não reflete a situação atual. (AU)

Processo FAPESP: 18/17368-4 - Avaliação da percepção e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) por profissionais de saúde durante a pandemia de SARS-CoV-2
Beneficiário:Kerstin Muner
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado