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Caracterização do tropismo celular de Flavivirus do Brasil e construção de vírus vacinal da febre amarela e deste vírus recombinante com proteínas do vírus Zika

Texto completo
Autor(es):
Victória Thomazelli Garcia
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Tadeu Moraes Figueiredo; Gustavo Olszanski Acrani; Edison Luiz Durigon
Orientador: Luiz Tadeu Moraes Figueiredo
Resumo

Dentre os Flavivirus do Brasil incluem-se os arbovírus Cacipacoré (CPCV), Encefalite de Saint Louis (SLEV), Febre Amarela vacinal 17DD (YFV17DD), Ilhéus (ILHV) e Zika (ZIKV). Todos estes vírus são causadores de infecções humanas e alguns produzem doenças graves. Na primeira parte desta Dissertação, estudamos o tropismo celular de alguns Flavivirus do Brasil. Caracterizamos o tropismo de CPCV, ILHV, SLEV, YFV17DD e ZIKV por células dos tecidos de diferentes órgãos identificando novas linhagens celulares susceptíveis. Dessa forma, avaliamos a susceptibilidade das células de adenocarcinoma colorretal humano (Caco-2), células de adenocarcinoma de pulmão humano (Calu-3), células de larva de Aedes albopictus (C6/36), células embrionárias de rim humano (HEK293T), célula de adenocarcinoma cervical humano (HeLa), células endoteliais da veia do cordão umbilical humano (HUVEC), células de glioblastoma humano (U251-MG) e células de rim de macaco verde africano (Vero CCL81 e Vero E6), procurando entender a fisiopatologia das infecções humanas relacionadas aos tropismos pelas células dos diferentes tecidos. Observamos que os Flavivirus CPCV, ILHV, SLEV, YFV17DD e ZIKV infectam in vitro células de origem intestinal, epitelial, pulmonar, renal, cervical uterina e neuronal, com a exceção das células renais ao YFV17DD. CPCV, ILHV e ZIKV mostraram tropismo por células de tecido nervoso, o que pode ter relevância na patogenia de suas infecções humanas. As células Vero CCL81, HUVEC e Caco-2 foram mais susceptíveis aos vírus estudados e podem ser utilizadas rotineiramente na amplificação dos mesmos. Na segunda parte da Dissertação, considerando a ausência de tratamento e vacinas contra o vírus Zika, causador de epidemias e infecção relacionada ao desenvolvimento de Síndrome de Guillain-Barré e Síndrome Congênita do Zika, decidimos construir o vírus vacinal da Febre Amarela 17D e um recombinante deste vírus incluindo proteínas do ZIKV. Assim, utilizando a técnica CPER, construímos clones infecciosos de YFV17D e de um vírus recombinante quimérico com o genoma de YFV17D incluindo as proteínas prM e E de ZIKV. O trabalho foi bem sucedido porque permitiu obter o vírus YFV17D e um recombinante YFV17DZIKV, objetivo maior do trabalho. Entretanto, os vírus obtidos não mostraram-se estáveis o que exige novas intervenções para que YFV17DZIKV possa tornar-se um candidato vacinal. (AU)

Processo FAPESP: 19/10565-1 - Desenvolvimento de uma vacina recombinante quimérica para o vírus zika
Beneficiário:Victória Thomazelli Garcia
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado