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Progressão da atrofia hipocampal e do corpo caloso em pacientes com epilepsia de lobo temporal submetidos a tratamento medicamentoso ou cirúrgico

Texto completo
Autor(es):
Ana Carolina Nunes Bovi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernando Cendes; Marcondes Cavalcante Franca Junior; Ricardo Mario Arida
Orientador: Fernando Cendes
Resumo

Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) é uma doença que apresenta atrofia das estruturas mesiais temporais, como resultado da esclerose mesial temporal (EMT), presente em 60-70% dos casos em que a cirurgia é a mais recomendada. A ELTM associada EMT possui um alto grau de refratariedade, em que pequena percentagem de indivíduos alcança o controle das crises, uma vez que a causa do EMT é desconhecida. Muitos estudos mostram que a atrofia do hipocampo contralateral ao foco epileptogênico também sofre alterações. A ressonância magnética tem sido uma ferramenta fundamental para o diagnóstico e quantificação dessas mudanças. Assim, o estudo avaliou 60 pacientes, sendo 30 indivíduos em tratamento medicamentoso e 30 em tratamento cirúrgico, com o objetivo de avaliar e quantificar essas alterações morfológicas encontradas nas estruturas envolvidas na ELTM por meio de um software manual que permite o traçado das estruturas e a sua associação com os achados clínicos da doença, a fim de elucidar o impacto dos tratamentos clínico e cirúrgicos. Os resultados mostraram que o grupo controle não apresentou progressão da atrofia tanto o hipocampo considerado menor (p = 0,533), o hipocampo considerado maior (p = 0,494) e nem do corpo caloso (p = 0,260). A análise do grupo clínico identificou uma redução no volume do hipocampo, tanto ipsilateral quanto contralateral nos dois subgrupos, refratários e benignos, e em relação ao hipocampo ipsilateral (atrófico) ocorreu redução volumétrica significativa no subgrupo benigno (p = 0,001) e também no subgrupo refratário (p = 0,003). O hipocampo contralateral ao foco epileptogênico no grupo CLR apresentou um grau significativo de atrofia (p = 0,001) sendo que o mesmo ocorreu com o subgrupo CLB (p = 0,011). No grupo cirúrgico (CX), o hipocampo contralateral (remanescente/saudável) mostrou uma progressão de atrofia que foi pronunciada em ambos os casos, sendo para o subgrupo CX sem controle de crises (CXR) (p = 0,001) e para o subgrupo CX com controle de crises após a cirurgia (CXB) (p = 0,002). A comparação do volume do hipocampo na RM1 entre os dois subgrupos não revelou diferenças significativas tanto para o hipocampo ipsilateral (p = 0,852) e para o hipocampo contralateral (p = 0,290), afirmando que os pacientes foram igualmente selecionados para a cirurgia. A análise pareada entre os grupos revelou uma diminuição significativa no volume do corpo caloso para o 4 subgrupos (AU)

Processo FAPESP: 08/56471-3 - Progressao da atrofia hipocampal e estruturas em pacientes com epilepsia de lobo temporal submetidos a tratamento medicamentoso ou cirurgico.
Beneficiário:Ana Carolina Nunes Bovi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado