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Autismo e escola: perspectiva de pais e professores

Texto completo
Autor(es):
Ana Gabriela Lopes Pimentel
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernanda Dreux Miranda Fernandes; Daniela Regina Molini Avejonas; Ana Luiza Pereira Gomes Pinto Navas
Orientador: Fernanda Dreux Miranda Fernandes
Resumo

A proposta deste trabalho é descrever a situação de escolarização de crianças e adolescentes da região oeste da Grande São Paulo, com diagnóstico inserido no espectro do autismo. Especificamente propõe-se verificar o que a criança com Distúrbio do Espectro do Autismo (DEA) provoca ao freqüentar a escola; quais as habilidades e dificuldades que os professores identificam; se o ambiente escolar é favorável para receber esse aluno e identificar qual a realidade da criança autista observada pela família. Foram sujeitos deste estudo 56 cuidadores de crianças e adolescentes com diagnóstico psiquiátrico incluído no Espectro do Autismo, que estavam em terapia Fonoaudiológica semanalmente e 51 professores, de escolas regulares e especiais, de crianças e adolescentes com DEA. Foram aplicados dois questionários, um para cuidadores e outro para professores. Foram utilizadas análises qualitativas e quantitativas dos dados obtidos. Os resultados sociodemográficos indicam que a maioria dos cuidadores têm nível médio de ensino e renda familiar média-baixa. A maioria dos professores eram do gênero feminino, com idades entre 31 e 40 anos e eram formados em Pedagogia, com entre 1 e 20 anos de experiência profissional. Os cuidadores percebem a escola como uma experiência positiva para seus filhos (85%). O desenvolvimento social foi citado como a área de maior desenvolvimento; por 53% dos cuidadores. Benefícios variados (de aprendizagem, independência, comunicação e comportamento) foram mencionados por 18% dos cuidadores e 14% deles não percebem qualquer efeito positivo relacionado à experiência escolar dos seus filhos. Os professores responderam que acreditam influenciar principalmente a comunicação e as relações interpessoais. Mas também referem que as dificuldades são principalmente relacionados à aprendizagem, à comunicação e ao comportamento da criança. Eles consideram que a escola oferece apoio suficiente para seu trabalho, mas que há muito pouco apoio por outros profissionais e que há falta de tecnologia de ensino adequado. Estes resultados mostram o que cuidadores e professores esperam da experiência escolar. Causa preocupação o fato que o resultado positivo da escolaridade para crianças com autismo relatados pela maioria dos participantes é o desenvolvimento social. A falta de menção de resultados educacionais pode ser devido a um de dois fatores: ou o potencial educativo das crianças e adolescentes com DEA está sendo subestimado, ou os resultados escolares estão sendo ignorados pelas pessoas que devem compartilhar a responsabilidade por sua qualidade. (AU)

Processo FAPESP: 10/12786-0 - Autismo e escola: a perspectiva de pais e professores.
Beneficiário:Ana Gabriela Lopes Pimentel
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado