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Alimentação fora do lar e sua relação com a qualidade da dieta de moradores do município de São Paulo: Estudo ISA - Capital

Texto completo
Autor(es):
Bartira Mendes Gorgulho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Saúde Pública (FSP/CIR)
Data de defesa:
Membros da banca:
Dirce Maria Lobo Marchioni; Daniel Henrique Bandoni; Rafael Moreira Claro
Orientador: Dirce Maria Lobo Marchioni
Resumo

Introdução. A alimentação é considerada pela Organização Mundial da Saúde um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças crônicas não transmissíveis, ressaltando a importância do entendimento dos hábitos alimentares e seus determinantes no atual cenário epidemiológico. Entretanto, pouco se sabe sobre as características nutricionais e as características dos usuários da alimentação fora do lar. Objetivo. Investigar a qualidade nutricional da alimentação fora do lar e sua relação com características sociais, demográficas e de estilo de vida. Materiais e métodos. Estudo transversal, de base populacional, por meio de inquérito domiciliar, com amostra de 232 adolescentes e 602 adultos e idosos. Foi aplicado questionário sobre hábitos de vida, condições sóciodemográficas, atividade física e inquérito alimentar, por meio do recordatório de 24h. As características das refeições realizadas fora do lar foram investigadas pelo uso do Índice de Qualidade da Refeição (IQR), com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde brasileiro. A associação entre alimentar-se fora do lar e a qualidade da dieta, verificada por meio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado para a População Brasileira (IQD-R) foi investigada pelo uso de modelos de regressão linear múltiplo. A razão de prevalência de pessoas consumindo refeições fora do lar e sua associação com as características sociais, demográficas e de estilo de vida foi analisada através da regressão de Poisson com variância robusta. Resultados. Dentre os 834 entrevistados, 32 por cento relataram ter realizado ao menos uma das três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) fora de casa. Foram detectadas associações estatisticamente significantes entre consumir alimentos fora do lar e ter excesso de peso. Pôde-se observar a presença tanto de alimentos marcadores de uma dieta saudável, a exemplo do arroz e feijão, como de alimentos integrantes de uma dieta não saudável, como refrigerantes, salgados, sanduíches e pizzas. O escore médio do Índice de Qualidade da Refeição realizada fora do lar foi de 42,62 (IC 95 por cento : 36,17-49,07) pontos no café da manhã; 42,54 (IC 95 por cento : 37,7547,34) pontos no almoço e 42,92 (IC 95 por cento : 36,47-49,38) pontos no jantar. Almoçar fora de casa apresentou associação negativa (p<0.05) com a qualidade da dieta, independente do sexo, renda familiar per capita e estado nutricional. Conclusão. Os achados sugerem que alimentar-se fora de casa pode contribuir como fator de risco modificável para DCNT, apresentando maior teor de gorduras total e saturada. No entanto, a qualidade nutricional das refeições realizadas dentro de casa também precisa ser melhorada (AU)

Processo FAPESP: 10/14287-1 - Alimentação fora do lar e qualidade da dieta no município de são paulo
Beneficiário:Bartira Mendes Gorgulho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado