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Uso de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil (IRDI) na detecção de sinais de problemas de desenvolvimento associados ao autismo

Texto completo
Autor(es):
Nathalia Teixeira Caldas Campana
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rogerio Lerner; Maria Cristina Machado Kupfer; Isabel da Silva Kahn Marin
Orientador: Rogerio Lerner
Resumo

Investigar os sinais relacionados aos problemas de desenvolvimento em bebês passou a despertar o interesse de diversos pesquisadores em razão das intervenções ocorridas durante a instalação de um sintoma serem mais favoráveis ao desenvolvimento da criança. Dentre os transtornos da primeira infância, os quadros de autismo são os que podem levar a incapacitações das mais severas. No contexto da saúde coletiva, é vantajoso que os profissionais possam detectar sinais de problemas de desenvolvimento associados ao autismo sem a necessidade da aplicação de protocolos específicos. Esta pesquisa é um estudo exploratório que investiga se os bebês que estejam se desenvolvendo em um percurso autístico serão considerados com problemas de desenvolvimento pelo Protocolo IRDI instrumento inespecífico para diagnóstico. Para tanto, foram comparados resultados do IRDI e do M-CHAT (instrumento específico para autismo) em 43 bebês. O estudo demonstrou que dentre os riscos detectados pelo IRDI também o autismo é detectado. A partir desta constatação, foram investigados se os conceitos da psicanálise, presentes nos 4 eixos teóricos que deram origem ao IRDI, poderiam auxiliar para aumentar a compreensão do autismo e como o Protocolo poderia contribuir para a subjetividade comparecer durante a avaliação do bebê e dos seus cuidadores. Foi realizado ainda um estudo estatístico descritivo e discutidas vinhetas clínicas, o que circunscreve as análises nos campos coletivo e singular. Com relação aos eixos, o estudo verifica a possibilidade de o eixo Suposição de Sujeito não diferenciar bebês com problemas de desenvolvimento associados ao autismo daqueles que apresentam um desenvolvimento típico. E o eixo Alternância Presença/Ausência parece ser aquele que mais distingue estes bebês. As vinhetas clínicas demonstraram que o IRDI pode ser usado como um operador de leitura, que auxilia a compreensão de dinâmicas familiares e que tem potencial para orientar intervenções pontuais no momento da avaliação. Por fim, destaca-se o papel exercido pelo profissional que está a frente das avaliações, sua formação, mas também sentimentos contratransferênciais, para que a subjetividade das famílias compareça e para que o IRDI possa de fato ser utilizado como operador de leitura (AU)

Processo FAPESP: 09/11840-4 - Detecção precoce de risco para transtornos do espectro de autismo com Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil.
Beneficiário:Nathalia Teixeira Caldas Campana
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado